A procura por integrantes de uma quadrilha de assaltantes levou investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) a localizarem um desmanche de veículos no Umbará, no final da tarde de terça-feira. Trata-se do maior encontrado este ano, pela polícia, em Curitiba. Os carros, com alerta de furto, estavam sendo cortados e adulterados dentro de um galpão, localizado no interior de uma olaria abandonada. Três homens foram presos em flagrante pelos investigadores e encaminhados à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV). Os homens identificados como Gilson Geraldo Lopes, Adenilson Dias Brum, mais conhecido por "Nei" e Ivo Aparecido Pego, têm antecedentes criminais, de acordo com o delegado da DFRV, Itiro Hashitani.
No galpão estavam os veículos Celta placa HCA-9061 (Araucária) e o Corsa placa CAW-7942 (Curitiba), ainda intactos. Já o Kadett ABZ-2152 (Curitiba), estava desmanchado quase que por completo, enquanto o Gol CAW-2150 (Antônio Olinto) estava com as placas identificadoras do chassi já devidamente adulteradas. Ainda foram encontradas peças cortadas de outros veículos, assim como acessórios automotivos e também material utilizado para o corte dos carros, como maçaricos.
As evidências encontradas levam a polícia a crer que as peças dos carros desmanchados são remetidas á lojas que revendem ilegalmente esse material. No galpão, os presos também realizavam a adulteração de sinais identificadores dos veículos furtados. Assim, depois que a documentação dos carros fosse "esquentada", eles poderiam ser comercializados.
Segundo dados da polícia, Gilson já tem antecedente criminal na DFRV e é quem "esquenta" os carros. Para isso, compra automóveis sinistrados e implanta a numeração do chassi destes em outros, furtados. Assim, acontece a "legalização" dos veículos para a venda.
Ivo e Ademilson são apontados como os responsáveis pelo desmanche dos carros e pela revenda de peças. Toda essa estrutura está sendo investigada pela DFRV, segundo Itiro.