Nova York – Os senadores e deputados que lideram a CPI do Banestado, criada para investigar a evasão de divisas do País através das contas CC5, classificaram de bastante produtiva a reunião que tiveram com diretores do FBI, a Polícia Federal norte-americana. “Pedimos o apoio ao FBI, que se mostrou totalmente à disposição”, afirmou o presidente da CPI do Banestado, deputado Antero Paes de Barros, ao sair do prédio do FBI em Nova York.
“Especificamente, pedimos aos diretores do FBI um auxílio na investigação dos brasileiros com propriedades nos Estados Unidos. Se nós disponibilizarmos os nomes desses brasileiros, os agentes do FBI disseram que vão colaborar conosco”, acrescentou Paes de Barros.
Com base nessa investigação do FBI, o governo brasileiro poderá solicitar o bloqueio de bens e a recuperação de ativos considerados ilegais pela CPI. “Ficou claramente definida a boa vontade do FBI com a nossa investigação do Banestado”, ressaltou o senador.
Segundo ele, a CPI irá apresentar aos agentes do FBI os 170 nomes de brasileiros indicados pelo adido da Receita Federal, em Washington. “Além disso, vamos disponibilizar todos os 660 nomes de pessoas físicas e jurídicas que adquiriram propriedades nos Estados Unidos, alguns com declaração, mas mesmo entre os que declararam a compra de propriedades há suspeitos de que tenham feito lavagem de dinheiro”, explicou o presidente da CPI.
“Os 170 nomes, que não declararam a compra de propriedades, já cometeram crime tributário”, disse Paes de Barros. O relator da CPI, deputado José Mentor (PT), deverá entregar o relatório final da investigação dentro de quatro meses.