Crueldade sem fim

Família volta de pizzaria e marido esgana mulher no Capão Raso

A polícia vai ouvir, durante esta semana, a filha da gerente de banco Rejane Bertolini Grimuza da Silva, 40 anos, e do autônomo Joaquim José da Silva, 43, para tentar entender o motivo do assassinato da mãe dela, na noite de domingo, no Capão Raso. Rejane foi asfixiada até a morte pelo marido no quarto do casal por volta das 23h, após a família chegar do jantar em uma pizzaria. A adolescente de 14 anos ouviu os gritos de socorro e correu até o quarto, onde começou a agredir o pai para que ele soltasse o pescoço da mãe, mas, segundo a polícia, apenas inflamou os ânimos dele.

A garota chamou ajuda de vizinhos, que entraram na casa e encontraram Rejane desfalecida e Joaquim ao lado do corpo. Ele foi segurado até a chegada da Polícia Militar, então seguiu preso em flagrante para a Delegacia da Mulher. Apesar do empenho dos socorristas, que chegaram em poucos minutos à residência, Rejane já estava morta.

Joaquim foi ouvido durante a madrugada e novamente pela manhã. ‘Nas duas vezes ele confessou ter matado a esposa. Disse que os dois brigavam com frequência e que atacou a mulher, impulsionado por força desconhecida. Alegou ter sofrido um surto incontrolável, agravado pela discussão‘, explicou a delegada Ana Carolina Castro. ‘Ele disse que as agressões da filha apenas o deixaram mais nervoso ainda e que o incentivaram a continuar agredindo a esposa, até matá-la‘, completou a delegada.

O fato de não haver nenhuma queixa da mulher contra Joaquim na delegacia, surpreendeu a polícia. Ele também não tinha passagens pela polícia. Além disso, segundo relato de vizinhos aos investigadores, confusões não costumavam acontecer na residência. ‘Eles moravam na casa há poucos meses e as informações repassadas pela vizinhança naturalmente ficam comprometidas. Por isso será tão importante ouvir a filha do casal e entender que elementos da rotina deles contribuíram para que o crime acontecesse‘, salientou Ana Carolina.

De acordo com os policiais militares que prenderam Joaquim, ele apresentava sinais de embriaguez, entretanto, de acordo com a delegada, os indícios não foram identificados quando ele foi trazido até a delegacia para ser ouvido.

O inquérito está quase no fim e deve ser encaminhado à Justiça ainda esta semana. Mesmo assim, a delegada já pediu prisão preventiva e Joaquim deve ser transferido para o sistema prisional. Ele será indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por causa da esganadura. A filha do casal está na casa da avó materna, aos cuidados dos familiares. O corpo de Rejane será sepultado ao meio-dia desta terça-feira (30), no Cemitério Parque São Pedro.

Paraná Online no Google Plus

Paraná Online no Facebook

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna