Familiares de um aposentado de 62 anos passaram mais de sete horas sentados num banco do terminal do Carmo à espera que o corpo do idoso fosse recolhido, porque recusaram os serviços do Instituto Médico-Legal (IML).
O cadeirante Itamar Gonçalves da Silva, que sofria de problemas cardíacos, morreu dentro de um biarticulado da linha Boqueirão, por volta das 14h30 de ontem. Só no fim da noite, o corpo seria recolhido pela funerária.
De acordo com a cunhada da vítima, Elizabeth Helbing, Itamar foi submetido a uma angioplastia na semana passada e ontem foi sozinho de ônibus de cadeira de rodas à consulta, na Hospital Santa Casa, centro.
Ele foi atendido pelo médico da família e, na volta para casa, passou mal e morreu pouco antes de chegar ao terminal. Até as 21h30, o corpo permanecia no interior do coletivo, sob escolta de uma viatura da Guarda Municipal.
Opção
Como se trata de morte natural, a família, segundo Elizabeth, optou por não acionar o IML e entrou em contato com o médico para assinar o atestado de óbito.
O problema é que o especialista estava em cirurgia. A família acionou o Corpo de Bombeiros, que passou um fax para o hospital comunicando o ocorrido. “Não queríamos que o corpo fosse para o IML”, afirmou Elizabeth.
O plantão do IML informou que o órgão não teve responsabilidade na demora do recolhimento do cadáver. A própria família entrou em contato com o serviço funerário e o corpo foi recolhido.
