O que parecia ser uma morte encomendada, revelou-se, em poucos dias, um assassinato por engano. Quase um mês depois de o construtor de obras Elói Efigênio, 40 anos, ser morto com vários tiros, a família esclareceu o que realmente aconteceu.
No dia 27 de janeiro, Elói comemorava o aniversário dele e do filho, 4, em uma festa que reuniu vários vizinhos e parentes. Todos estavam na casa da família, na Rua Marte, Sítio Cercado, quando uma mulher, identificada como Leila, chegou. Segundo a esposa de Elói, Tânia Maria Paulina, e as irmãs da vítima, Adriana e Rita Efigênio, Leila estava com ciúmes porque seu marido participava da comemoração e, então, começou a agredir verbalmente algumas mulheres. Tânia e Elói retiraram a mulher da casa e outros vizinhos começaram agredi-la.
O construtor separou a briga e protegeu Leila, orientando-a a ir embora.
Alguns parentes de Leila prometeram vingar as agressões sofridas pela mulher, e, dois dias depois, cercaram Elói, na Rua Coronel Custódio Rapoza Netto e o mataram com vários tiros. Passado algum tempo, os assassinos souberam que Elói tinha defendido a mulher e que o mataram por engano. Agora, outros participantes da festa estão sendo ameaçados.
Ao contrário do que foi divulgado no dia do crime, Elói não tinha nenhuma passagem pela polícia, conforme comprova registro oficial da polícia. ?Queremos limpar a imagem do nosso irmão. Ele era um homem muito trabalhador, casado e pai de dois filhos, de 11 e 4 anos. Ele morreu porque ajudou uma mulher?, disseram as irmãs.