Uma família foi resgatada na tarde de sexta-feira (31) em alto-mar, próximo a Paranaguá, após o barco que utilizavam perder um remendo que havia sido feito no fundo e começar a ser tomado pela água.
Policiais militares do Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde (BPAmb/FV), que seguiam para Guaraqueçaba, perceberam a situação e conseguiram retirar seis integrantes da embarcação e levá-los para Paranaguá.
“No barco, estavam duas crianças, de 5 e 12 anos, duas adolescentes, de 15 e 17 anos, duas mulheres adultas, uma com pressão alta e outra com Síndrome de Down, e dois homens. Levamos as mulheres e as crianças em nossa embarcação e, devido ao limite de capacidade, deixamos os dois homens em um baxil (espécie de banco de areia), entregamos a eles coletes salva-vidas, e informamos que logo voltaríamos buscá-los”, relata o sargento Aroldo da Silva Klichievits, que juntamente com o soldado Gilnei Luiz Pareira realizam o resgate.
Os policiais são do 3.º Pelotão do Posto de Polícia Ambiental de Guaraqueçaba, pertencentes à 1.ª Companhia do BPAmb. “O barco não possuía condições nenhuma para o transporte de pessoas e nem equipamento de segurança, como coletes salva-vidas, para os tripulantes”, conta o sargento.
“De longe avistamos a água entrando no barco, como se fosse um chafariz, e para não chegar bruscamente e trazer mais perigo demos uma volta até chegar próximo o bastante para realizar o resgate”, disse.
Os policiais jogaram quatro coletes para os tripulantes do barco e, em seguida, começaram transferir as pessoas para a embarcação policial. “As mulheres nos agradeceram muito e disseram que se não chegássemos a tempo todos teriam morrido.
Isso nos deixa felizes, principalmente em um dia como hoje”, diz Klichievits. “Além da falta de condições da embarcação, o mar estava agitado”, afirma. Segundo os policiais, uma onda arrancou um remendo feito na embarcação, por onde começou a entrar água.
“A família seguia de Paranaguá para Enseada do Ubá onde possui residência. O naufrágio e o resgate ocorreram em frente às localidades de Cutinga e Piaçaguera. “Quando voltamos para buscar os dois últimos náufragos pescadores da região já estavam ajudando-os”, conta Klichievits. Levamos a embarcação para 1. Companhia de Paranaguá e comunicamos a Capitania dos Portos, para que medidas cabíveis fossem tomadas.