O carro que caiu na Represa do Vossoroca, às margens da BR-376, na manhã de domingo, foi retirado ontem à tarde da água. O veículo era ocupado pelo representante comercial Márcio de Ávila, 36 anos, pela mulher dele, a professora Luciane Marcelino da Silva de Ávila, 33, e pelo filho Murilo Henrique de Ávila, 5. O casal conseguiu sair do veículo antes que ele afundasse por completo, mas o garotinho morreu afogado. Márcio e Luciane prometem processar o Estado, pois segundo eles a BR-376 não conta com muretas de proteção na pista, o que teria facilitado o acidente.
A fatalidade aconteceu na manhã do domingo, quando a família vinha de Criciúma, Santa Catarina, para Curitiba. Na altura do quilômetro 653, Márcio, que conduzia o Vectra, perdeu-se na curva, bateu na mureta que divide as duas pistas e tombou o veículo, despencando no rio. Com o impacto, os vidros se quebraram e enquanto o carro começava a afundar, o casal conseguiu sair pelas janelas. Luciane e Márcio tentaram retirar o filho do interior do Vectra, mas os esforços foram em vão. Revoltados, os pais afirmam que irão processar o Estado, que é responsável pela manutenção da pista, uma vez que o trecho não conta com muretas de proteção. No mesmo dia, duas mulheres morreram em um acidente na mesma rodovia.
Outro
Ontem, quando o Vectra era retirado da água, outra família quase se acidentou da mesma forma. A pista apresenta um defeito na curva – já denunciado várias vezes – que a torna bastante perigosa, principalmente em dias de chuva. “É muito fácil cair ali, ainda mais sem mureta de proteção”, assegurou uma testemunha do novo acidente, que ajudou a socorrer a família. “Era um casal e duas crianças, uma delas de colo, que também poderia ter morrido afogadas”, lembrou a testemunha, comentando que o local é uma verdadeira “armadilha”. Policiais rodoviários confirmam que o trecho é perigoso e que já perderam a conta de quantas pessoas já morreram ali.
