Os pais do estudante Osíris Del Corso, 22 anos, assassinado no Morro do Boi, em Caiobá, em 31 de janeiro, ainda não estão satisfeitos com as investigações realizadas pelo Ministério Público.

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O MP não explicou como a arma do crime (um revólver calibre 38) foi apreendida com Paulo Delci Unfried, acusado de assaltos e estupro no Litoral , em 25 de junho, teria ido parar nas mãos de Juarez Ferreira Pinto, 42, preso em 17 de fevereiro e que até agora, oficialmente, aparece como único acusado do crime.

Sérgio Luiz Del Corso, após assistir ao vídeo preparado pelo assistente de acusação Elias Mattar Assad, comentou que o “Ministério Público está devendo esta explicação para a sociedade”, referindo-se à arma.

Paulo, que foi preso e confessou o crime no morro, em que ficou ferida a namorada de Osíris, Monik Pergorari de Lima, foi solto dias depois, ao alegar ter sido ameaçado por policiais para fazer a confissão.

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No entanto, ele tentou se enforcar na delegacia de Matinhos, ao saber que o resultado do exame de balística em sua arma tinha sido positivo. Dois detentos que o socorreram garantem que Paulo confessou espontaneamente a eles a autoria do crime.

Vídeo

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Com a quebra do sigilo no processo, os depoimentos de testemunhas e interrogatórios foram exibidos (editados) por Assad, que se diz convencido da culpa de Juarez. “De alguma forma a arma do crime saiu das mãos de Paulo, foi entregue a Juarez e voltou para Paulo”, assegurou, sem saber explicar como.

O defensor de Juarez (que está preso desde 17 de fevereiro passado), Nilton Ribeiro, comentou que também torce para que a dúvida sobre a arma seja explicada. Ele também espera que o Superior Tribunal de Justiça analise em breve o pedido de habeas corpus de Juarez e autorize sua libertação.