Falsos policiais presos acusados de extorquir comerciantes

Três homens que fingiam ser policiais para extorquir e roubar comerciantes, supostamente chefiados por um ex-policial militar, foram presos pelo 10.´ Distrito Policial (Sítio Cercado).

Everaldo Stefanes, 34 anos, Cezar Amparo dos Santos Silva, 39, e Roberto Alves Tavares Júnior, 35, trafegavam no Celta vermelho placa ATR-7266, quando foram localizados pelos investigadores, perto de onde moram, no Pilarzinho.

Rodrigo Campos de Azevedo, 42, expulso da Polícia Militar, foi preso em Almirante Tamandaré. Com eles foram apreendidos máquinas caça-níqueis, aparelhos celulares e eletrônicos e o carro, que era alugado.

O delegado Francisco Caricati, titular do 10.º DP, explicou que o grupo agia em Curitiba e na região. “Armados, eles mostravam uma carteira falsa e se intitulavam policiais. Vistoriavam os estabelecimentos e, quando encontravam produtos irregulares, aprendiam a mercadoria para revendê-la. Além disso, extorquiam os comerciantes. Se não encontravam nada de errado, roubavam o que podiam”, contou o delegado.

Caricati acredita que existam entre 30 e 50 vítimas do bando, mas muitas não procuraram a polícia, porque cometiam irregularidades. Pelo menos 15 casos foram registrados no Tatuquara, no Sítio Cercado e em Pinhais, e outros dez já foram identificados. Quem foi vítima da quadrilha pode entrar em contato com o 10.´ DP, no telefone 3378-8382.

Apreensão

Na residência de Rodrigo – onde também funciona um bar – foram apreendidas quatro caça-níqueis, que estavam em funcionamento, e mais quatro que teriam sido levadas de um estabelecimento, mediante ameaça, no dia anterior. Também foram recolhidos celulares de vítimas e eletrônicos que também podem ter sido roubados.

Todos os presos foram autuados em flagrante por roubo e formação de quadrilha. De acordo com o delegado, Everaldo, Cezar e Roberto confessaram que agiam a mando de Rodrigo.

O ex-policial confessou que receptava os produtos trazidos pelo trio, mas alegou que nunca encomendou nem coordenou nenhuma das ações. “As investigações continuam para saber para quem ele revendia os produtos”, afirmou o delegado.

Inquérito

Quando foi preso, o ex-policial Rodrigo estava acompanhado de um policial militar da ativa, que foi entregue à corporação para investigação. Um inquérito policial-militar (IPM) deverá ser instaurado. “Os dois estavam em atitude suspeita, mas não havia nada que pudesse incriminar o policial da ativa”, explicou Caricati.

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