Vestindo uniformes de duas empresas de telefonia concorrentes, quatro homens estavam furtando cabos de telefones no cruzamento das ruas Presidente Taunay e Saldanha Marinho, no Batel, quando foram surpreendidos por policiais militares do 12.º Batalhão. Vilson Alves de Souza, 33 anos, seu sobrinho, Fábio Alves de Souza, 20, e os irmãos Josevaldo Gonzaga dos Santos, 21, e Jorge dos Santos, 27, foram presos e conduzidos ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), e autuados em flagrante por furto e formação de quadrilha. Mais de mil quilos de cobre foram apreendidos, além da camioneta F-400, cor azul, placa LXL-9989, que estava com a placa "frias" GKO-7750, e do Escort AEV-7248.
Policiais militares receberam uma ligação anônima, por volta das 5h da madrugada, informando que alguns homens em atitude estranha estavam mexendo em um bueiro, no Batel. Eles foram até o local e encontraram os quatro homens, retirando fios. Ao serem indagados, os homens afirmaram que estavam trabalhando, inclusive um deles apresentou um crachá de identificação de uma empresa que presta serviços para uma telefônica. Mas, o fato de dois deles vestirem uniformes da Brasil Telecom e outros dois da GVT, intrigou os policiais, que entraram em contato com as empresas, que não os reconheceram como funcionários. O quarteto recebeu voz de prisão.
O delegado Messias Rosa informou que, quando foi preso, o quarteto estava com 400 metros de cabos de telefones, que são feitos de fios de cobre. Dando continuidade aos trabalhos, os policiais foram até a casa de Vilson, no Cajuru, e na casa de Josevaldo, situada no Jardim Acrópole, no mesmo bairro, e encontraram mais fios de cobre. Na residência de Josevaldo ainda foi localizada uma pistola calibre 380. "Eles tinham os uniformes porque eram ex-funcionários de prestadoras de serviço", contou Messias. Ele disse que as investigações continuam, no sentido de identificar e punir os receptadores. "Na agenda de um deles tem o telefone de duas pessoas", adiantou o policial. O delegado frisou que, há duas semanas, o Cope desenvolveu uma grande operação e fechou várias empresas de reciclagem que compravam os fios de cobre, na grande maioria furtados. "Está na hora de fazer outra", avisou Messias.