A morte do agricultor aposentado Humberto Emilio Vecchi, de 89 anos, na quarta-feira, em Cambé, a 400 quilômetros de Curitiba, no norte do Paraná, levou a polícia a alertar a população sobre um golpe que já foi aplicado pelo menos três vezes nas últimas semanas. Idosos têm sido procurados por supostos agentes de saúde, que lhes oferecem vacina contra gripe. Na verdade, a pessoa é dopada com medicamentos e a casa fica à disposição do bandido para roubar. "Recomendamos que essas pessoas mais idosas não recebam nada de estranhos", disse o delegado-chefe da 10ª. Subdivisão de Londrina, Sérgio Barroso.

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No caso do idoso de Cambé, a vacina oferecida pelo estranho foi recusada, pois um vizinho avisou que no posto de saúde tinha o medicamento. Mas o suspeito insistiu dizendo que daria um chá. Ele saiu e voltou mais tarde, quando conseguiu que o idoso e uma filha, que sofre problemas mentais, tomassem o chá. A dose do tranqüilizante consumida por Vecchi foi excessiva. Sua filha salvou-se por ter tomado pouco. Ele foi encontrado caído na casa por uma vizinha, que acionou o socorro. O idoso morreu no hospital. O homem que ofereceu o chá, que tem entre 30 e 40 anos teria furtado um aparelho de som e a carteira de dinheiro que estava no bolso de Vecchi.

Além do caso do aposentado que morreu em Cambé, que é apurado pela delegacia da cidade, a polícia do município vizinho de Londrina investiga outras duas ocorrências, em que não houve morte, mas as pessoas acabaram assaltadas. "Eles se aproveitam da boa-fé das pessoas, normalmente doentes e que precisam de ajuda", salientou Barroso. Ele pediu que, ao serem abordadas por pretensos agentes de saúde, as pessoas peçam identificação. Se houver dúvidas, que entrem em contato com o posto de saúde mais próximo.

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