A circulação de dinheiro falso no Brasil sempre foi um problema. Para se ter ideia do tamanho deste rombo, até hoje não se sabe ao certo nem a quantidade, nem o valor em notas falsificadas que circulam no País. O Banco Central (BC) e a Polícia Federal (PF) não conseguem apontar com precisão o tamanho do prejuízo causado pelas cédulas falsas de real.
O que se sabe ao certo é a quantidade de dinheiro falso retido pelo BC. No ano passado, a instituição maior do sistema financeiro brasileiro apreendeu 355 mil notas falsificadas em todo o território nacional. Só nos últimos cinco anos, o Brasil já chegou a registrar R$ 33,5 milhões em reais falsos (em 2007) retidos pelo BC.
O estado campeão de apreensão de cédulas falsa é São Paulo, com 125 mil notas retidas. Em seguida estão Minas Gerais (34 mil) e Rio de Janeiro (29 mil). O Paraná ficou com a quinta colocação no ranking das notas falsas. No ano passado, o BC reteve 23.683 cédulas falsas aqui no Estado. Uma leve queda em relação a 2010, quando foram retidas quase 25 mil notas falsas.
Igor Romário de Paula, delegado de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal de Curitiba, afirma que a circulação de dinheiro falso em território paranaense é considerável pelo fato de o Paraná ser vizinho de estados que também têm altos índices de falsificação, como São Paulo e Santa Catarina.
Cuidado com a onça
Entre as notas mais produzidas pelos falsificadores está a de R$ 50 da primeira família, o famoso cinquentão. No ano passado, o BC conseguiu interceptar em todo o País mais de 130 mil unidades da nota. No Paraná, o número de notas de cinquentão falsas chegou a pouco mais de 11 mil. A segunda nota mais falsificada no País é a de R$ 100, com 75.497 cédulas apreendidas no ano passado. Aqui no Estado, foram interceptadas 6.314.
De acordo com Igor Romário de Paula, as notas de R$ 50 e R$ 100 são as mais falsificadas pelo fato de terem maior valor. “Normalmente, uma nota é vendida no mercado por 1/3 do seu valor”, afirma.