Cidene e Odair dizem desconhecer
a procedência das notas.

Policiais militares descobriram ontem um esquema de venda de documentos falsos em São José dos Pinhais. Após abordar um motoqueiro que estava em atitude suspeita, na Vila Rocco, policiais do 17.º Batalhão apuraram que o rapaz usava uma carteira de habilitação falsa. O detido, Luiz Carlos Alves Machado, 25 anos, que trabalha no aeroporto Afonso Pena, contou que havia comprado o documento de uma mulher chamada Maria Elvira Juliato Diovoro, de 50 anos.

Luiz Carlos indicou o endereço da residência de Maria Elvira, onde os policiais encontraram dezenas de cópias de documentos – identidades, CPFs e habilitações – que seriam usados para produzir os falsificados.

Maria Elvira disse que cobrava R$ 400,00 por documento e que tudo era feito em Santa Catarina, por um rapaz que recebia as encomendas, providenciava as falsificações e posteriormente entregava tudo pronto na casa dela. Elvira afirmou que não sabe o nome nem o endereço do rapaz e que “trabalha” com documentos falsificados há pouco tempo. Ela e Luiz Carlos foram conduzidos para a delegacia de São José dos Pinhais.

Dinheiro

Também ontem à tarde, policiais militares do 17.º prenderam dois homens em Araucária com dinheiro falso. Um deles é foragido da Justiça e o outro tem passagem na polícia de São Paulo. Na casa onde foram presos a polícia encontrou R$ 690,00 em notas falsas – todas de dez reais e grosseiramente falsificadas. Cidene Dias Costa, de 29 anos, e Odair Marcos Toalhares, de 48 anos, disseram que não sabem de onde veio e nem a quem pertence o dinheiro, e que estavam na residência, no Jardim Tupi, apenas de visita. “A gente tava lá só bebendo”, declarou Cidene, que é foragido da delegacia de Araucária, onde estava preso por tentativa de homicídio.

Odair apenas afirmou que está em Curitiba “de passagem” e que nem mesmo conhece o dono da casa onde foi detido. Ele responde a inquérito por estelionato na cidade de Ourinhos (SP).(BM)

Outro golpe em Morretes

A criatividade das pessoas para aplicar golpes não tem limite. Em Morretes, litoral do Paraná, dois homens foram presos por tentar fraudar documentos e retirar dinheiro da Caixa Econômica Federal (CEF) referente ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

De acordo com a polícia local, João Paes de Lira, 65 anos, foi induzido por Leônidas França, 50, a realizar um exame para saber se era portador do vírus HIV (Aids) no Posto de Saúde em Paranaguá. Como o resultado do teste foi negativo, Leônidas – em companhia de outro indivíduo ainda não identificado- pegou o exame e o falsificou, adulterando o resultado final para positivo.

Com o documento em mãos, eles entraram em contato com o gerente da CEF e sabendo que o FGTS pode ser liberado para pessoas portadores de certos tipos de doença (Aids inclusive) solicitaram a retirada de R$ 6 mil do FGTS de João.

Fraude

Tudo foi acertado, inclusive o dia para o recebimento do dinheiro. Porém, o gerente do banco resolveu entrar em contato com o responsável pelo Posto de Saúde em Paranaguá para confirmar a história. Foi aí que a falsificação foi descoberta. O funcionário do banco entrou em contato com a polícia e esclareceu a situação, deixando o encontro com os fraudadores marcado. Ontem, às 11h, quando João e Leônidas foram retirar o dinheiro na agência foram presos em flagrante e autuados por estelionato pelo delegado Antônio Rocha.

A polícia continua atrás do terceiro envolvido no crime. Segundo o policial Fabrício, João disse que não sabia da falsificação e que havia entrada como “laranja” na história. Mas como ele iria se beneficiar com a retirada do dinheiro também foi preso. Leônidas deveria receber cerca de 30% do valor retirado.

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