Dezessete pessoas foram presas, nos últimos 30 dias, no Posto Central do Instituto de Identificação, em Curitiba, tentando fazer carteira de identidade com documentos falsos.
Outras 27 estavam com mandados de prisão expedidos pela Justiça foram presas por policiais papiloscopistas, quando tentavam tirar documentos, no último trimestre do ano passado em todo o Estado.
Entre as prisões está a de Sílvio de Oliveira Santos. No último dia do ano passado, ele tentou obter carteiras de identidade para ele e para sua irmã adolescente, com certidões de nascimento falsas, e foi identificado e preso pelos policiais papiloscopistas. Com ele, foram apreendidos carimbos, certidões em nome de várias pessoas e um pen-drive contendo uma relação de nomes e de certidões já falsificadas.
Na semana passada, os policiais flagraram Alceu José Lopes que tentava tirar nova identidade com documentos do seu pai. Os levantamentos realizados pelos policiais apuraram que Lopes pretendia fraudar o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), para conseguir aposentadorias. Ele já tinha aplicado o mesmo golpe em São Paulo, com sucesso.
A última prisão ocorreu quarta-feira (6), quando Odete Soares, 45 anos, moradora em Rio Branco do Sul (Região Metropolitana de Curitiba), foi surpreendida ao buscar no instituto uma identidade em nome de Maria Elizete Soares, que tinha requerido em novembro do ano passado, com documentos falsos.
INVESTIGAÇÃO – Em todos os casos, os papiloscopistas encaminharam os presos para o 1.º Distrito Policial (Centro), onde foram autuados em flagrante por falsidade ideológica e falsificação de documentos.
A partir das prisões a polícia abriu investigações para colher indícios que levem a elucidação de fraudes no comércio ou em órgãos públicos municipais, estaduais e federais.
De acordo com o diretor do Instituto, delegado Cláudio Telles, essas prisões, tanto na capital como no interior, ocorrem porque os papilioscopistas estão atentos às tentativas de fraudes para a obtenção da carteira de identidade.
Quando os papiloscopistas recebem a documentação, consultam o – Serviço de Análise, Regularização e Investigação (Sarid), uma seção interna do instituto, que faz a comparação documental. “A partir destas informações a fraude é detectada pelo sistema informatizado”, disse.
Além de fraudes, com objetivo de conseguir documentos para golpes no comércio e contra a previdência, o sistema do IIPR também detecta se a pessoa está com mandado de prisão vigente. Só no interior do Estado, 27 deles foram cumpridos nos três últimos meses de 2009.
“Os policiais papiloscopistas que atuam em todos os postos espalhados pelo Estado estão preparados para identificar e prender quem tentar ludibriar o sistema. É um trabalho policial de grande importância para evitar fraudes e também identificar e prender foragidos da Justiça”, explicou Telles.