Depois de ver o anúncio em jornal do serviço de uma casa de massagens terapêuticas, um operador de máquinas – preocupado com a saúde debilitada de sua avó, de 74 anos – resolveu levá-la até lá. Porém, quando chegaram na casa – situada na Rua Theóphilo Mansur, Novo Mundo – foram recepcionados por belas garotas vestidas com trajes íntimos. Ao descobrir que ali funcionava um prostíbulo, eles acionaram a polícia. Cinco garotas de programa foram levadas, junto com o casal de cafetões, ao 8.º Distrito Policial.
De acordo com o delegado Hertel Rehbein, após ver o anúncio no jornal o rapaz levou sua avó até a casa onde uma enorme faixa indicava as atividades do estabelecimento: "Massoterapia. Massagem anti-stress relaxante com fins terapêuticos e drenagem linfática". Quando entraram, os dois levaram um susto ao serem atendidos por garotas vestindo apenas calcinha e sutiã. Eles deixaram rapidamente o local e foram até a delegacia prestar queixa.
Luz vermelha
Segundo os moradores da mesma rua, a faixa foi estendida há alguns meses, uma vez que antes disso o prostíbulo era indicado por uma luz vermelha. "Nós fizemos um abaixo-assinado e a casa foi fechada. Há pouco tempo as mesmas pessoas voltaram e colocaram a indicação de casa de massagens para disfarçar. O engraçado é que os clientes são apenas homens", ironiza a vizinha.
Na tarde de ontem, os investigadores encontraram na casa vestígios que comprovaram a libertinagem. Além de dezenas de preservativos, bebidas alcoólicas e um vibrador, os policiais recolheram uma tabela de preços referente aos serviços prestados. Os valores variavam entre R$ 30,00 a R$ 60,00, incluindo massagem tailandesa, "feita com os seios", ou ainda com complemento oral e programas com duração de meia e uma hora. Em outra folha de caderno estavam descritas as normas da casa, entre elas: "Não deixar preservativos no bolso; não deixar o colchão no quarto; almoçar na cozinha; apagar a luz após o atendimento e não usar o chinelo do cliente".
Durante a ação da polícia cinco garotas de programa foram detidas na casa, interrogadas e liberadas. Já os proprietários do estabelecimento, Márcia da Silva Leutério, 34 anos, e seu marido Adelar José Rutana de Castro, 36, foram presos em flagrante pelos crimes de prostituição, manutenção de casa de prostituição e rufianismo. O cafetão foi levado ao 3.º Distrito Policial e a cafetina ao 9.º DP.