Um acidente entre dois caminhões-tanque, às 9h de ontem, no trecho da BR-376 que corta Mauá da Serra, deixou os dois sentidos da pista interditados na altura do quilômetro 314 durante cinco horas. A óleo combustível e o outro com óleo vegetal, ocasionou uma explosão seguida de incêndio, resultando na morte dos dois motoristas. A pista só foi parcialmente liberada a partir das 14h. Às 16h30, a Polícia Rodoviária Estadual liberou completamente o trecho, mas permaneceu acompanhando o tráfego por conta da grande quantidade de óleo que vazou na rodovia.
A polícia suspeita que o acidente tenha acontecido por imprudência de um dos motoristas, que trafegavam em sentidos opostos, não sendo provável problemas mecânicos, uma vez que os caminhões eram novos. Mesmo assim, ainda não se sabe o que ocasionou a tragédia. Cada veículo transportava 40 mil litros de óleo. Cerca de oito mil litros vazaram, atingindo um riacho próximo. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) coletou amostras do solo e da água para avaliar possíveis danos ambientais e a empresa contratada para limpar o local foi orientada pelos técnicos a colocar barreiras de contenção. O IAP também determinou 72 horas para que a limpeza seja concluída.
Com a explosão, os motoristas Firmino Monteiro, 50, de Nova Esperança, e Alexandre Atanásio Barbosa Araújo, 27, proveniente de São Gabriel do Oeste (MS), morreram carbonizados. A identificação só foi possível graças à documentação dos caminhões e ao auxílio de um terceiro caminhoneiro, que viajava em comboio com um dos veículos acidentados. O veículo carregado com óleo combustível pertencia à empresa Artpetro, de Nova Esperança, e o que transportava óleo vegetal à ADM do Brasil Ltda.
Segundo a Defesa Civil do Estado, homens do Corpo de Bombeiros de Faxinal do Céu, Telêmaco Borba e Apucarana atuaram na ocorrência. Cerca de 16 mil litros de água foram necessários para apagar o incêndio e fazer o resfriamento dos caminhões, os quais foram levados para o posto da PRE de Mauá, a 17 quilômetros do local do acidente. A Polícia Científica também participou. Todos os órgãos que atuaram na operação devem fornecer relatórios ao Ministério Público para possíveis responsabilizações cíveis e criminais.