Wellinton Caldeira Teixeira (foto), 22 anos, foi achado morto, na tarde de ontem, com dois tiros no peito em um terreno descampado, conhecido pelos moradores como "Campão do Quississana", na Rua Francisco Dirceu Chiuciatto, bairro de mesmo nome, em São José dos Pinhais. O local é utilizado por grupos de jovens para ingerir bebida alcoólica e usar drogas.
O pai da vítima, Valdivino Catarina Teixeira disse que o filho não trabalhava e nem estudava. Ele contou que o rapaz saiu de casa, situada na mesma rua do "Campão", por volta das 22h. "Ninguém foi buscá-lo. De domingo a domingo a rotina era a mesma, ele saía para se encontrar com amigos e beber cachaça", contou. Ele disse que o filho já foi usuário de crack. "Agora ele dizia que não estava usando mais. Acredito que era verdade, porque quando ele se drogava chegava em casa e quebrava tudo", relatou Valdivino. Ele disse que o filho tem uma menina de 2 anos e chegou a morar junto com a mãe da criança. "O relacionamento não deu certo porque meu filho não trabalhava e gostava de beber", explicou o pai.
Premonição
Valdivino disse que nunca se preocupava com o filho porque já era costume Wellinton chegar de madrugada em casa, ou até dormir na casa de amigos, e retornar pela manhã. "Hoje (ontem) tive uma visão. Parecia que algo estranho estava acontecendo", contou o homem. Ele disse que por volta da 1h, saiu de casa, viu o vizinho em frente à moradia e perguntou sobre Wellinton. "Ele disse que meu filho havia acabado de ir para o campão. À noite o pessoal se reúne ali porque é afastado e ninguém os incomoda", salientou.
Apesar de o filho costumar beber, Valdivino garantiu que o rapaz era uma boa pessoa. "Ele não arrumava confusão. Não sei o que pode ter acontecido. Mas uma coisa é certa, quero saber quem matou meu filho", argumentou o homem. O caso está sendo investigado pela Delegacia de São José dos Pinhais.