Vanderlei chegou a usar a pistola que carregava na cintura. |
Vanderlei da Cruz Neves, 30 anos, sabia que estava marcado para morrer. Tanto é que andava armado e logo puxou sua pistola quando três homens encapuzados vieram ao seu encontro, dentro de num bar na Rua Sudão, esquina com a Rua Moçambique, Rio Verde, Colombo. Vanderlei chegou a revidar, mas o poder de fogo dos matadores era maior e ele foi executado com cerca de 13 tiros, tombando morto ao lado da mesa de bilhar. O crime ocorreu às 23h de quinta-feira.
Conhecido no bairro como “Neguinho”, Vanderlei estava no bar acompanhado da namorada. Segundo o delegado do Alto Maracanã, Messias Antônio da Rosa, os matadores chegaram atirando, sem dizer nada. “A vítima ainda empurrou a companheira, afastando-a da trajetória das balas”, falou o delegado. Antes de morrer, “Neguinho” revidou com sua pistola calibre 380. A polícia não sabe se ele acertou algum dos assassinos, que usaram outra pistola de igual calibre e um revólver calibre 38. A arma da vítima, largada ao lado do corpo, tinha numeração adulterada.
Vanderlei ganhava a vida comprando e vendendo carros usados. Daí a polícia tira a primeira hipótese do crime. “Pode ser que ele tenha dado calote em alguém”, supõe Messias, lembrando que os autores vieram com intenção clara de matá-lo. A namorada não forneceu detalhes que pudessem identificar os assassinos. Algumas testemunhas foram intimadas pelo delegado e irão depor sobre o caso no começo da semana que vem.