As marcas de sangue pelo chão na Estrada da Ressaca, em Almirante Tamandaré, serviram de alerta para que o proprietário de um bar da região de Pocatuba, zona rural, encontrasse, na manhã de sábado (17), o corpo de um rapaz de 29 anos que estava desaparecido desde sexta-feira (16). Carlos Augusto dos Santos foi encontrado com dois tiros na cabeça. Ele foi visto pela última vez pela esposa.
Segundo a polícia, a mulher viu três homens o obrigando a entrar em um carro. O motivo do crime ainda é um mistério, mas entre as duas hipóteses da polícia, todas levam para o passional.
De acordo com a perícia do Instituto de Criminalística, a vítima foi executada no local em que foi encontrada. O corpo estava preso ao barranco de um riacho da região, o que facilitou o resgate, já que o córrego margeia a estrada rural.
Os bolsos da calça do rapaz foram esvaziados, provavelmente para dificultar a identificação e, para a polícia, eram fortes os indícios de que o homem foi levado ao local apenas para ser assassinado.
Sequestro
Segundo o Boletim de Ocorrência feito pela esposa de Carlos na Delegacia de Pinhais, a ação dos bandidos foi no momento em que ele saiu para trabalhar, na Rua Uirapuru, no Jardim Claudia. Quando estava a poucas quadras da casa onde morava com a família, o rapaz foi colocado dentro de um Siena com placas de Curitiba e sumiu.
A esposa teria visto toda a ação e afirma que o homem que sequestrou o marido dela seria um sujeito que ela conheceu depois que se separou do atual marido. “Ela conta que teve um relacionamento apenas por mensagens de texto com este homem depois que se separou, por quatro meses, do marido. Os dois reataram o relacionamento e ela diz que ele afirmava que mataria o marido dela”, contou o delegado Hertel Rehbein.
O B.O. foi de desaparecimento de pessoa, mas o documento foi feito com informações contraditórias. “Precisamos analisar este boletim de ocorrência a fundo, para saber o que de fato a esposa já tinha de informações”, disse o delegado.
A princípio, as hipóteses para o crime são duas. “Vamos investigar até onde este homem apontado pela mulher pode ser o assassino, mas também vamos investigar se ela não tem participação no crime”. Segundo o delegado, Carlos não tinha nenhum antecedente criminal. “Já o outro homem, apontado pela esposa, não sabemos dizer, pois ela deu apenas o primeiro e o segundo nome”, explicou Hertel.
Colaborou: Lucas Sarzi