Executado dentro de casa na Vila Osterack

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Sílvio foi morto por dois homens
que pareciam conhecê-lo.

Dois assassinos chegaram em um táxi, na Rua Músico Antero G. da Silva, Moradias Santa Maria, na Vila Osternack. Procuraram pela casa certa e conversaram com Sílvio Lader Gonçalves, 50 anos. Em seguida, saíram os três no carro do morador, para depois voltarem à residência. Na sala da casa, mataram Sílvio com um tiro na cabeça e outro no peito, por volta das 20h30 de segunda-feira. Abandonaram o corpo e fugiram no Corsa bege, placa ALX-9962, pertencente à vítima, não sem antes ameaçar os vizinhos que, assustados com os tiros, foram às janelas de suas casas.

Um vizinho de Sílvio contou aos soldados Santana e Abednego, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, que conversou com um dos assassinos. "Ele me perguntou se eu mexia com madeira. Disse que não e ele, então, foi até a casa do Sílvio", relatou. Os dois homens foram descritos como altos e bem vestidos. Um deles é loiro, com olhos claros e sotaque estrangeiro, provavelmente espanhol, e o outro, moreno e entroncado. Quanto ao táxi que os levou até lá, nenhum dos vizinhos soube identificá-lo.

Morte

Ainda de acordo com relato de moradores próximos, os desconhecidos entraram no sobrado onde Sílvio morava sozinho e, após alguns minutos, saíram os três no Corsa. Cerca de 5 minutos depois, voltaram. Não demorou muito para a vizinhança escutar três tiros e sair para fora de suas casas a fim de ver o que acontecia. Quem apareceu na rua foi ameaçado com revólver. Em seguida, os assassinos fugiram em alta velocidade. "Tivemos a informação de um Uno azul, que pode ter dado cobertura a eles. Os dois carros foram vistos de faróis apagados, próximo daqui", relatou Abednego, no local do crime. Sílvio morreu na sala e a marca de um tiro, disparado dentro do ambiente, quebrou o vidro da porta.

Os investigadores Magalhães e Élcio, da Delegacia de Homicídios, classificaram o crime como latrocínio (roubo com morte), mas outras hipóteses poderão ser levantadas ao longo do trabalho policial. A mulher, acostumada a limpar a casa do ex-marido, não deu por falta de nenhum objeto de valor. De acordo com a ex-mulher da vítima, Sílvio estaria namorando uma garota de 17 anos, cujos pais não aprovavam o relacionamento. O homem trabalhava em uma empresa de pisos laminados.

Assaltos

Há cerca de um mês, o sobrado de Sílvio foi arrombado durante a tarde. Os ladrões levaram televisão, aparelho de som, roupas e outros objetos. Depois disso, ele colocou grades nas janelas, aumentou o muro dos fundos e instalou alarme na residência. As pessoas que acompanhavam o trabalho policial relatavam o grande número de arrombamentos. "Todos aqui já foram roubados. E são pessoas que vivem próximo daqui, pois quando passamos por elas dizem que não podemos dar bobeira", relatou uma mulher, que não quis se identificar.

O problema da rua é a grande quantidade de mata nativa, que serve de esconderijo para os ladrões. Os moradores já pediram para a Prefeitura autorização para cortar o mato, mas não obtiveram resposta, conforme relataram.

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