Fim de semana violento no Jardim Gabineto, na CIC. Duas pessoas foram mortas a tiros. Em um dos casos, a família afirma que o rapaz foi morto por engano; no outro, o crime foi atribuído ao envolvimento com o tráfico de drogas.

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Na sexta-feira, por volta de 21h30, Fernando Monteiro da Cruz, 20 anos, atendeu a um chamado no portão de casa e foi executado com seis tiros. O crime aconteceu na esquina das ruas Padre Jacinto Miensopusti e Engenheiro João Visinoni. A mãe do rapaz acredita que houve um engano e que os criminosos queriam matar outro jovem. Já o tio dele supõe uma vingança.

Segundo levantamento do tenente Mattos, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, Fernando havia acabado de chegar de moto em casa. Assim que fechou o portão, ouviu alguém do lado de fora chamar por “Zinha”. Mesmo não sendo seu apelido, foi ver quem era. Assim que abriu o portão, foi atingido pelos balaços, todos na cabeça.

Os tiros perfuraram o capacete que Fernando ainda usava. Os autores, segundo uma testemunha, estavam num Gol branco, que estacionou em frente. Mas por conta dos disparos, a testemunha correu e não viu mais nada. Acredita-se que o assassino tenha utilizado um revólver calibre 38.

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Segurança

Segundo o tio do jovem, o crime pode ter sido uma vingança. Há alguns meses, Fernando trabalhava como segurança num supermercado e flagrou um ex-policial civil furtando bebidas no estabelecimento. O segurança efetuou a prisão do ex-policial e foi ameaçado de morte por ele.

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Outra hipótese para o crime é a de que Fernando foi morto por engano. Enquanto a Polícia Militar preservava o local e curiosos se aglomeravam ao redor, a mãe do rapaz começou a gritar do lado de dentro do portão.

“Mataram meu filho errado, no lugar do dono desta casa. Meu filho é Fernando, não Alexandre”, dizia a mulher, aos berros. O tenente Mattos apurou que a família de Fernando está morando de aluguel na residência há dois meses. Antes disso, outros rapazes moravam ali.

Outro

No sábado a noite, o o pintor Silas Ferreira Bueno, 38, foi assassinado com um tiro nas costas, na Rua Subtenente José Makahin. A rua é sem saída e termina em um bosque onde, segundo a polícia, os viciados e traficantes fazem acertos de contas e tráfico.

Há menos de 45 dias o irmão dele, Josias Ferreira Bueno, 40, foi assassinado, com dois tiros no peito. O crime aconteceu no fim da Rua Oswaldo Martins, a menos de uma quadra de onde Silas foi assassinado.