Um tiro fatal fez sujar novamente, desta vez de sangue, as lajotas de uma residência na Rua João Reboli, Santa Cândida. A vítima foi o representante comercial Modesto Majewski, 57 anos, proprietário da casa, baleado no pescoço e morto enquanto lavava a calçada às 17h30 de sábado. Três pessoas que fugiram num Kadett de cor escura teriam sido os autores do crime, que surpreendeu os parentes do pacato representante.
De balde e mangueira nas mãos, vestindo apenas bermuda, Modesto levou o tiro quando estava no lado de dentro do portão. Alguns familiares dele estavam dentro da casa e correram para verificar ao ouvirem dois estampidos. Espantados, observaram o representante caído com a mão do pescoço e muito sangue no chão. Chamaram um vizinho, que é médico, mas não havia mais nada a ser feito. Modesto estava morto.
Uma testemunha informou a placa do Kadett à Delegacia de Homicídios: ABF-8602. Apenas um dos três ocupantes teria descido do carro e atirado. Foram recolhidas no chão duas cápsulas de pistola calibre 0.40, mas segundo o perito Adílson, da Polícia Científica, somente um disparo acertou o representante. Além disso, a polícia recolheu no local um aparelho celular da marca LG, cuja origem os parentes da vítima desconheciam.
Mistério
O motivo do assassinato também é um grande mistério para a família. O cunhado Alfredo declarou na Delegacia de Homicídios que Modesto era um homem reservado, que pouco saía de casa nas folgas do trabalho – ele apenas costumava freqüentar um bar na Rua Fernando de Noronha, perto de onde morava. A vítima representava comercialmente duas empresas do Rio de Janeiro e uma de Arapongas (Norte do Paraná), e preparava-se para o casamento da filha, que é comissária de bordo e trocaria alianças no próximo sábado. “Ele vivia sem problema, nunca fez mal a ninguém e era casado há mais de 30 anos. Não há explicação”, falou o cunhado.