“Em um terreno baldio, onde funcionava a antiga Cerâmica Klemptz, na Rua Dionira Moletto, no bairro Fazendinha, tem um homem morto com o corpo coberto com sacos de nailon”. A informação anônima foi repassada para a Polícia Militar, por volta do meio-dia de ontem. Pouco depois, os soldados Izidorio e Altemir, do 12.º Batalhão, chegaram ao local e descobriram o cadáver de João Elias Ferreira, 20 anos. “Só pode ser o autor que ligou para a polícia. As informações estavam corretas e não havia ninguém no local”, comentou o soldado Izidorio.
Com cinco tiros, o rapaz estava de bruços e nas costas trazia uma tatuagem de uma caveira segurando uma foice, simbolizando a morte. Com a vítima só foi achado um isqueiro. Vários populares se aglomeraram para ver a cena, após a chegada da PM, mas só quando a perícia virou o corpo para verificar as perfurações é que uma mulher, vestindo uma blusa com capuz branco, começou a chorar e saiu do local. De repente, ela retornou. Ao ser indagada pela polícia se conhecia a vítima, a jovem disse que se tratava de João Elias Ferreira, 20 anos. mas ao ser chamada para dar mais informações sobre o rapaz saiu correndo, disse que tinha que trabalhar e não poderia ficar ali. Em seguida, a mulher desapareceu no meio dos curiosos que olhavam para o cadáver.
Drogas
Apesar de colher poucas informações no local, o soldado Izidorio aventou a possibilidade de o crime ter sido motivado pelo tráfico de drogas. “Aqui é local usado por viciados para consumir drogas. Pouco restou da antiga fábrica, o local está abandonado, não tem iluminação. Como o terreno é todo murado, as viaturas passam para fazer o patrulhamento, mas não podem ver nada”, comentou o policial. Ele ressaltou que se a pessoa não tivesse ligado anonimamente para a polícia, o corpo ainda iria permanecer no local alguns dias, já que os sacos de nailon brancos impediam o cadáver fosse visto.
Policiais da Delegacia de Homicídios estiveram no local, mas também não conseguiram apurar muitos detalhes para auxiliar nas investigações.