Sem nenhuma chance de se defender, Braz Valdevino dos Santos Lima, 38 anos, foi executado num corredor de passagem em meio a humildes casebres de madeira, na Vila Parolin, próximo à Rua Padre Isaías de Andrade. O crime aconteceu por volta das 14h30 de ontem, e foi presenciado por testemunhas que não quiseram prestar informações à polícia.
Conforme o soldado Bientinesi, do 13.º Batalhão, a vítima almoçou na casa de parentes e, no momento em que saiu da moradia, foi fuzilado. Pelo que foi apurado, o matador estava de "tocaia", esperando a saída de Braz. "Ele pôs os pés para fora da casa e, logo em seguida, foi atingido", relatou o soldado que atendeu a ocorrência em companhia dos PMs Antunes e Djalma.
O rastro de sangue demonstra que a vítima, mesmo ferida, ainda conseguiu dar mais alguns passos, antes de cair sem vida no meio do beco. Próximo ao corpo, os policiais encontraram projéteis de pistola calibre 380. O assassino saiu correndo, mas foi visto por testemunhas. Apesar de terem informações para passar à polícia, os moradores se negaram a contar o que viram. "Aqui prevalece a lei do silêncio", diz o policial.
Na violenta região do Parolin, as pessoas temem em dar informações e pagar com a própria vida. Esse, inclusive, é um dos motivos apontados para a morte de Braz. Foi especulado que a vítima teria informações sobre o homicídio de Johnny Mendes ocorrido no Parolin, na noite de sábado. A morte de Braz seria uma queima de arquivo.
A conexão entre as mortes será investigada pela Delegacia de Homicídios. Burburinhos entre jovens da região davam a entender que novas mortes no Parolin e adjacências podem ocorrer nos próximos dias.
