Após deixar a filha na escola, Jurciana Faria de Souza, 36 anos, foi executada com cinco tiros, a uma quadra de casa, na Rua Teodoro Rodrigues dos Santos, Jardim Ceccon, em Campina Grande do Sul. Conforme parentes e amigos da vítima, Jurciana sofria ameaças, por suspeita de envolvimento na morte do vigilante de um posto de combustíveis.
Vizinhos contaram ter ouvido os gritos da mulher, seguidos dos disparos, por volta das 7h30, e uma motocicleta saindo do local. Segundo a polícia, Jurciana foi executada com um tiro no peito, um na barriga, dois na cabeça e um nas costas.
Um projétil de revólver calibre 38 foi encontrado no local. De acordo com o soldado Sidney, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, a vítima escondia na calcinha uma bucha de maconha e duas de cocaína. Ao lado do corpo, também havia uma nota de R$ 10.
Ameaças
O irmão da vítima, Joel Faria de Souza, contou que Jurciana foi morar com o amásio no Jardim Ceccon, depois que a mãe faleceu. Além da filha, de 9 anos, Jurciana tinha dois filhos, de 13 e 15, que moram com outro tio.
“Não tinha muito contato com ela, mas sabia que estava sendo ameaçada”. Joel revelou que recebeu uma ligação da escola da sobrinha, dizendo que menina estava preocupada com a mãe porque ela não estava bem.
Brasilina Aparecida, 47, ficou bastante emocionada ao encontrar o corpo da amiga estendido no meio da rua e afirmou que a droga não era da vítima. “Ela passou o dia inteiro ontem (segunda-feira) lá em casa, me ajudando a arrumar as coisas, como se tivesse se despedindo de mim. Era uma pessoa muito boa. Essa droga não é dela. Ela não era usuária”, afirmou Brasilina.
A mulher também confirmou que Jurciana era apontada como pivô da morte do segurança de um posto e recebeu ameaças de morte. Porém, conforme a amiga, dois homens, que ameaçavam a vítima foram assassinados recentemente. “A gente pensou que as ameaças iam parar, mas começou tudo de novo. Ela disse que não ia procurar a polícia porque ia ser muito pior”, lamentou Brasilina.