A conturbada história de amor entre Eliane Cândido dos Santos, 41 anos, e Antônio Euclides Gonçalves, 39, que durou pouco mais de 10 anos, terminou em tragédia na tarde de ontem.
Ele a matou com um tiro no peito e suicidou-se com um tiro na boca. O crime aconteceu na casa onde ela morava com o atual namorado, na Rua Gentil Antunes Branco, na Jardim Ipê, em Santa Felicidade.
Segundo alguns familiares o relacionamento era conturbado e eles já haviam se separado várias vezes, mas ela, com medo da agressividade do marido e pensando nos filhos, sempre voltava.
“Ele era muito violento. Uma vez, depois de ser agredida, ela registrou um boletim de ocorrência, mas não deu em nada”, contou Nilson Cândido dos Santos, irmão de Eliane.
Ameaças
O casal estava separado há quatro meses, conforme informado por Nilson, e a mulher estava morando com outro homem. “Ela comentou que Antônio estava fazendo ameaças, mas não acreditava que fosse cumpri-las”, relatou Nilson.
Eliane tinha duas filhas do primeiro casamento e dois meninos, de 9 e 7 anos, da união com Antônio. O maior morava com ele, em Pinhais. Ela morava entre a casa da filha e do irmão e sua família e estava com o neto, de 7 anos, na hora do crime.
De acordo com o pedreiro Elias Machado, que trabalhava na reforma da casa onde ocorreu o crime, Antônio chegou e ordenou que saísse junto com seu auxiliar. “Ele deu um grito e mandou que fôssemos embora. O netinho deles que estava na casa saiu correndo”, contou.
Quando o ex-marido entrou na casa, Eliane tentou se defender com uma faca, mas seu ex-marido segurou seu pulso e “obrigou-a” a se ferir no rosto. “Em seguida, ouvimos um tiro, uns dois minutos depois, mais um disparo”, resumiu Elias.
O soldado Márcio, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, disse que Eliane foi ferida no peito e que o assassino se matou com um tiro na boca. “Ele usou uma arma caseira de grosso calibre. O Instituto de Criminalística é que vai identificar o calibre”, contou.