Execução sumária de major mobiliza polícias

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Fusca dirigido pelo major
ficou crivado de balas.

A sumária execução do major do 13.º Batalhão de Polícia Militar, Pedro Plocharski, 49 anos, ocorrida no início da noite de sexta-feira, em Curitiba, mobilizou tanto a Polícia Civil quanto a Militar. Durante a madrugada de ontem policiais das duas instituições se reuniram no quartel da PM para dar início às investigações.

De acordo com o delegado Luiz Alberto Cartaxo de Moura, titular da Homicídios, os trabalhos estão sendo feitos com bastante cautela, uma vez que há várias hipóteses para o crime. O delegado titular da Furtos e Roubos, Rubens Recalcatti, também aponta as diversas possibilidades para a execução, entre elas vingança pelo envolvimento do major na morte de um marginal durante um confronto ocorrido há pouco mais de um mês.

Na madrugada de ontem, um veículo Gol foi encontrado abandonado na Rua Goiás, Vila Guaíra. O carro, da mesma marca usada pelos assassinos, foi levado ao Instituto de Criminalística para ser periciado, fato que pode render alguma pista da autoria à polícia. Apenas uma mulher teria visto a ação dos marginais, porém sua identidade está sendo mantida em sigilo por questão de segurança. O corpo de Plocharski foi velado na associação da Vila Militar.

Crime

O major foi abordado por três homens encapuzados, armados com uma metralhadora calibre 9 mm e ocupando um Gol verde. O oficial havia deixado a sede do batalhão e seguia para sua casa -no Umbará – ao volante do Fusca placa AGQ-5710, quando foi atocaiado pelos criminosos. O ataque aconteceu às 18h45 de sexta-feira, quando a vítima seguia pela continuação da Rua João Chede, marginal à BR-476, na direção da trincheira que liga a Cidade Industrial de Curitiba ao Pinheirinho. Com o impacto dos tiros, o Fusca foi parar fora da pista. Pelas primeiras informações colhidas pela PM, os bandidos estariam esperando o major embaixo da trincheira.

Plocharski estava fardado e carregava uma pistola calibre ponto 40. No local, foram recolhidas cerca de 20 cápsulas das balas que saíram da metralhadora. O veículo do oficial foi crivado de balas. No Instituto Médico-Legal (IML) foram constatadas perfurações no pescoço, peito, perna, braço e barriga da vítima, mas somente com exames complementares poderá se apurar a quantidade exata de tiros que atingiram o oficial.

Plocharski era policial militar há 28 anos e já trabalhara no Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran). Atualmente, comandava interinamente o 13.º Batalhão, por causa das férias do coronel titular. "Pode ser uma retaliação contra a corporação ou pessoal", disse o major Fadel.

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