A polícia conseguiu elucidar o triplo homicídio de dois advogados e uma funcionária da delegacia de Matinhos que ocorreu no último dia 29, no Conjunto Morada do Sol, no bairro Borda do Campo em São José dos Pinhais. Foram presos dois assassinos e identificado um terceiro que está foragido. As três execuções aconteceram por causa da venda de um fuzil feita pelo advogado aos quadrilheiros.
O advogado criminalista Teomar Piaceski, 36 anos, tinha este fuzil em sua casa, além de uma pistola 380. O irmão dele que trabalha num posto de combustíveis do bairro Santa Felicidade em Curitiba e seria amigo de um dos assassinos disse aos traficantes que Teomar tinha as armas. Maurício de Oliveira, 24 anos, Marcelo Klaus Correia Peruki, 28 anos, estão presos e Carlos Augusto Cardoso ainda está foragido e é procurado pela polícia. Os três compraram o fuzil de Teomar por R$ 2 mil.
Quando foram usá-lo, não funcionou. “Três vezes os bandidos foram até a casa da vítima para cobrá-lo, mas na última acabara matando o advogado a esposa e a mãe dele. Teomar disse que devolveria o dinheiro deles, mas a quadrilha não aceitou e executou a família”, disse o delegado Osmar Dechiche, da delegacia de São José dos Pinhais.
A execução
Segundo informações da polícia, os três foram até a casa de Teomar na noite do dia 29 de junho, e logo na chegada mataram o advogado direto.
“Em seguida eles roubaram uma televisão e uma pistola 380 que estava com Teomar. Ele já iam embora, quando Maurício voltou e deu mais dois tiros na cabeça do advogado. Para não deixar testemunhas, ele deu três tiros na cabeça de Marli Salete Jacob Muller, 55 anos, agente de apoio da Delegacia de Matinhos e mãe de Teomar e um tiro na cabeça da mulher dele, Lidiane Muhlstedt Piaceski, 28, advogada trabalhista”, disse o delegado.
Os três acusados já eram conhecidos da polícia e tem várias passagens por outros crimes, principalmente tráfico de drogas. Maurício e Marcelo serão levados para o Centro de Triagem II em Piraquara e serão denunciados por homicídio. Carlos está sendo procurado pela polícia.
“As investigações seguem agora para tentarmos descobrir como este fuzil chegou nas mãos de Teomar. Acreditamos que possivelmente tenha sido dado a ele por um cliente como forma de pagamento”, disse Dechiche. Para ele, a principal fonte que pode ajudar a esclarecer o caso é o irmão do advogado.