Alberto Melnechuky |
Vitório, acusado de abuso, mantinha objetos eróticos em casa. |
Suspeito de abusar sexualmente de crianças, o ex-presidiário Vitório Vaz Santana, 62 anos, foi apanhado em flagrante, saindo de casa em companhia de uma garotinha de 9 anos. A menina, muito assustada, revelou que o maníaco a convidava para comer doces e aproveitava para passar a mão em seu corpo. Também ameaçava matá-la e prometia executar toda a família dela – exibindo uma arma de brinquedo – caso revelasse a alguém o que estava ocorrendo. A prisão foi realizada pelo cabo Gobbi e pelo soldado Maciel, da viatura 6385 do 17.º Batalhão de Polícia Militar, acionados através de um telefonema anônimo, que indicava o endereço do acusado: Rua da Dálias, Jardim Monte Castelo, em Colombo.
Os PMs deram atendimento ao caso assim que receberam a informação e, quando chegaram ao local, viram Vitório – que já cumpriu pena por estupro – saindo com a menina. Questionado sobre o que estaria acontecendo, Vitório disse que estava tudo tranqüilo. A menina também tentou confirmar que não havia nada de errado.
No entanto, os policiais perceberam que a garotinha estava assustada e resolveram conversar com ela em um lugar separado. ?Ela então disse que não poderia falar nada porque ele a mataria – e também a sua família – com uma arma que ela já tinha visto?, contou o cabo Gobbi.
Camisinhas
O acusado foi algemado e colocado dentro da viatura policial enquanto era feita uma busca dentro da residência. ?Encontramos mais de 200 camisinhas, um vibrador, um pênis de borracha cor-de-rosa e uma pistola de brinquedo, que ele usava para ameaçar as vítimas?, completou o policial.
A menina disse que o acusado chamava ela e o irmão – de 7 anos – para comerem doces na sua casa. ?Eu fui cinco vezes. Ele ficava passando a mão em mim?, contou a garota, ainda assustada e com medo que alguma coisa acontecesse para sua família.
A tia da menina contou que sabiam da fama de Vitório, mas não imaginavam que fosse verdade. ?Ele sempre estava carpindo o seu terreno, sempre de cabeça baixa, não falava com ninguém?, contou a mulher. ?Vamos levar minha sobrinha para fazer os exames e ver se ele só passava a mão mesmo.?
Vitório disse que nunca faria uma coisa dessas, ainda mais com uma garotinha. Em sua defesa, o preso disse que as camisinhas eram para ser usavas apenas com mulheres e que os outros objetos eram para suas fantasias.
?Eu comprava doces para mim, mas como as crianças gostam de guloseimas, eu dava para elas também. Nunca fiz nada demais, só fazia carinho?, contou. Ele disse ainda que é separado, mora sozinho na casa onde foi preso e tem uma filha que mora na Europa.