Um profundo golpe de faca na barriga tirou a vida do ex-presidiário Assis Candatten, 34 anos. Provavelmente o homicídio ocorreu no início da madrugada de ontem, mas a vítima só foi encontrada por volta das 7h da manhã, às margens da Rua Francisco Creplive, Jardim Santa Rosa, em Campina Grande do Sul. Segundo a polícia, o crime foi motivado por acerto de contas. “Já temos o nome dos suspeitos, mas não podemos divulgar para não atrapalhar as investigações e prefiro não dizer quantos são. Aguardo que eles se apresentem nas próximas horas caso contrário vou representar pela prisão preventiva”, disse o delegado Edilson Magalhães.
O delegado ressaltou que Assis já era um velho conhecido da polícia, com passagens por furto, uso de drogas e brigas. Ele era separado, pai de quatro filhos e morava sozinho na casa de número 7, na rua 7, no mesmo bairro onde foi assassinado. “Ele brigava muito com a mulher e os dois acabaram se separando. Quando eles mudaram para cá e até pouco tempo a casa do Assis era freqüentada por pessoas mal encaradas. Mas ultimamente estava calmo. Às vezes a polícia vinha procurá-lo. Eu particularmente não tenho nenhuma queixa dele, para mim era uma boa pessoa”, relatou Rosana Müller, vizinha de Assis. “Quem procura acha, como diz o ditado. Más companhias dá nisto”, argumentou a mulher. Assis foi visto pela última vez às 16h de segunda-feira, caminhando pelas ruas do bairro.
Achado
Com uma mochila verde nas costas, contendo vários objetos, entre eles um relógio grande de parede, Assis foi encontrado por moradores. Ele morreu segurando um saco plástico, contendo fumo. Na rua onde ocorreu o crime há várias casas, mas os moradores informaram que não ouviram briga ou outro tipo de barulho durante a madrugada. “No local predomina a lei do silêncio. Ninguém fala, apesar de todos saberem quem é e como foi”, salientou Magalhães. Segundo ele, Assis tinha muitos inimigos. “Ele estava sendo ameaçado por um deles. Por outro lado também o ameaçava”, adiantou Magalhães.