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| Indivíduos encapuzados saíram do mato e encheram de chumbo o corpo de Ademar. |
Um mês após sair do xadrez da delegacia de São José dos Pinhais, onde estava detido por furto, Ademar Xavier Vieira, 23 anos, encontrou a morte às 21h30 da última terça-feira. Ele caiu em uma emboscada quando estava de bicicleta na Rua Aurora, Jardim Alvorada, naquele município. Segundo informações do amigo da vítima – César Fernandes, 19 anos – que estava na garupa e conseguiu escapar ileso do atentado, no momento em que eles passavam por um terreno baldio dois indivíduos encapuzados saltaram da vegetação e começaram a atirar. Ademar tombou morto com dez tiros.
De acordo com o superintendente Everson, da delegacia local, o crime pode ter sido motivado por vingança ou acerto de contas. A hipótese de vingança foi reforçada pelas declarações da mãe de Ademar aos soldados Martins e Cleberson, do 17.º BPM, que atenderam a ocorrência. Segundo informou, o filho costumava furtar residências da região para sustentar o vício das drogas. César confirmou a vida delituosa do amigo, dizendo que ele costumava furtar computadores “de qualquer lugar”. O último lugar atacado teria sido uma fábrica, conforme declarou.
Atentado
Foi César quem relatou como aconteceu o assassinato. Ademar “alugou” a bicicleta dele e antes de usar o veículo para seus objetivos, iria deixar César na casa de amigos. “Ele ia me dar um dinheiro, pelo empréstimo da bicicleta”, disse. Os dois seguiam o caminho que foi interrompido pelas balas. César saiu correndo e conseguiu se safar. Ademar foi atingido e caiu morto. De acordo com levantamentos preliminares do perito Fontoura, da Polícia Científica, o rapaz foi atingido por quatro disparos nas costas, três na cabeça, dois no braço e um no ombro.
Uma residência, em frente àquele lugar, ficou marcada por buracos de bala. “A gente estava assistindo televisão, quando ouvimos os tiros e a parede sendo furada”, comentou a moradora, que estava com a família no cômodo atingido pelos disparos. Segundo ela, foram duas rajadas consecutivas de disparos. O perito recolheu dois projéteis que, depois de analisados, irão determinar o calibre da arma usada.
Investigação
Os policiais Colaço e Carlos tomaram o depoimento da testemunha. César completou que, depois de matar seu amigo, os assassinos foram resgatados por um comparsa, em uma motocicleta CG vermelha e “barulhenta”. Ele admitiu já ter passagem por furto e que teria cometido delito em companhia de Ademar. A polícia ouvirá outras testemunhas e familiares da vítima para solucionar o caso.