Uma boa notícia acompanhada de uma má. Foi o que aconteceu com o ex-policial militar Edson Mafra Lopes, também conhecido como “Tarado”, 29 anos. Ele estava preso sob acusação de roubo, na Delegacia de Furtos e Roubos, desde outubro do ano passado, quando recebeu o tão esperado alvará de soltura. Mas, junto veio uma prisão temporária por um homicídio ocorrido em dezembro de 2001. Ao invés da liberdade, Edson acabou mudando somente de xadrez e foi conduzido ao da Delegacia de Homicídios.
Paulo Gomes estava sentado na calçada, junto com sua amásia, à 1h30 da madrugada do dia 29 de dezembro de 2.001, na Rua Sete, Vila Barigüi, Cidade Industrial. De repente, chegaram dois homens ocupando um Monza prata, armados. Um deles tentou algemar a vítima, mas só conseguiu prender um dos braços. Paulo conseguiu se desvencilhar e saiu correndo, quando um dos criminosos atirou. Mesmo atingido por três disparos, Paulo ainda conseguiu caminhar por aproximadamente 40 metros, tombando morto. Policiais da Delegacia de Homicídios que atenderam o local, apuraram horas depois que o apelido do autor seria “Tarado”.
Prisão
O delegado Luís Alberto Cartaxo de Moura, titular da Delegacia de Homicídios, informou que na época foi solicitada a prisão temporária de Edson. Ao verificar os inquéritos antigos da delegacia, policiais da especializada, apuraram que Edson estava preso na Delegacia de Furtos e Roubos e foram buscá-lo. “Ele nega o crime, mas temos provas de que ele é o autor”, argumentou Cartaxo, informando ainda que o homem que acompanhava Edson no dia do crime era conhecido como “Ratão”. “Tenho notícias de que ele já morreu”, informou.
Cartaxo disse que o motivo do crime pode ter sido passional, combinado com a guerra do tráfico na Cidade Industrial. “Os dois já tinham discutido anteriormente. A amásia de Paulo havia terminado o relacionamento e passou a namorar o Edson. Mas, na véspera do crime estava reatando com a vítima”, contou o policial.
Como a mulher o conhecia, Edson deu dinheiro para que ela saísse da cidade e não contasse nada sobre o crime. Mas, no dia seguinte, a mulher que presenciou o assassinato procurou a Delegacia de Homicídios e revelou o que tinha visto.
Roubo
Edson foi preso sob a acusação de roubar uma empresa na Rua Doutor Faivre, onde foram arrecadados R$ 132 mil. Em outubro também foram presos, acusados do mesmo crime, Antônio Aparecido Raymundo, 36; Edenilson Grocoski, o “Nasco”, 35, e Rodrigo Carlos de Oliveira.
De acordo com informações da DFR, Edson foi preso em 1995 sob a acusação de guardar armas e dar cobertura para uma quadrilha que praticava roubos contra bancos em Curitiba.