Uma paciente, que ficou internada na UTI geral do Hospital Evangélico em dezembro de 2012, teria enviado um bilhete à filha, pedindo para sair da unidade. A imagem do bilhete, divulgada pela RPC-TV, mostra o nervosismo da paciente. “Preciso sair daqui, pois tentaram me matar desligando os aparelhos por toda a noite”, diz o bilhete.
De acordo com a paciente, a médica Virginia Soares de Souza, presa na terça-feira sob suspeita de homicídio, teria orientado uma enfermeira a retirar o respirador, entretanto a funcionária não teria obedecido. O Nucrisa, Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde, informou que não recebeu o bilhete, nem a denúncia da paciente, entretanto já deu início à investigação.
Conforme divulgado pela RPC, no site G1, a paciente relatou que a médica tinha “comportamento extraordinário de horrível” e gritava com a equipe de enfermagem. Ela disse que, após a cirurgia, Virgínia ordenou que a colocassem em uma cadeira durante o dia inteiro. “Por causa disso, fiquei com hérnia, estava com a barriga cheia de pontos, eu não podia ficar sentada”, denunciou à RPC. “Eu falava que não queria morrer porque tenho filhos para cuidar”.
Gravação
Ainda segundo a reportagem da RPC, Virginia se defendeu de acusações feitas contra ela, com base em uma gravação na qual aparece dizendo frases como: “quero desentulhar a UTI que está me dando coceira”. Ela teria alegado que foi mal interpretada. A frase teria sido dita por ela, mas a fonte da gravação não foi revelada pela Polícia Civil.
