O médico Raphael Suss Marques foi solto por volta das 2 horas desta sexta-feira (16) depois de participar da reconstituição da morte da fisiculturista Renata Muggiatti. Ele é o principal suspeito pela morte da modelo, há pouco mais de um mês, em Curitiba, e estava detido desde o dia 25 de setembro.
A soltura partiu da 1.ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça do Paraná, a mesma que decretou a prisão do suspeito por 30 dias. Segundo apurou a reportagem, não haveria mais a necessidade de mantê-lo detido após o laudo de necropsia apontar que não houve asfixia da jovem.
De acordo com o advogado de defesa de Marques, Edson Abdala, o médico participou do processo de reconstituição do crime porque quis, uma vez que ele não era obrigado a colaborar com os trabalhos dos peritos. A reconstituição, que foi realizada no prédio onde o casal morava, no Centro de Curitiba, começou no fim da noite desta quinta-feira (15) e, de acordo com Abdala, “ocorreu com tranquilidade”. O advogado disse não poder mais detalhes sobre o fato porque as investigações correm sob segredo de Justiça.
A reportagem não conseguiu contato com a advogada da família de Renata Muggiatti. A fisiculturista morreu aos 32 anos depois de uma queda do apartamento onde morava no centro de Curitiba.
O corpo da modelo foi exumado no início de outubro a pedido da delegada Ana Cláudia Machado, responsável pelo caso na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A exumação foi pedida para a realização de exames complementares, solicitados pela delegada ao Instituto Médico Legal (IML).
Na última quarta-feira (14), o exame de necropsia do corpo da fisiculturista apontou que a jovem não sofreu asfixia. A Gazeta do Povo, que teve acesso com exclusividade ao documento, apurou que o resultado do exame, no entanto, não descarta a possibilidade de homicídio para a polícia nem a suspeita sobre o namorado dela, Raphael Suss Marques. Existiriam outros indícios que serão revelados ao final do inquérito.