Considerado pela polícia o principal suspeito de ter encomendado o assassinato da professora Sílvia Regin da Silva, 44 anos, ocorrido na quinta-feira, em Almirante Tamandaré, o ex-marido da vítima, Daniel Ângelo da Silva, continua sendo procurado.
No final da manhã de ontem, ele passou em frente à Igreja Evangélica Assembléia de Deus, no bairro Cachoeira, onde era feito o velório da professora, mas, orientado por familiares, não saiu do carro e deixou o local.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que as investigações seguem pela delegacia de Almirante Tamandaré, com o apoio do Centro de Operações Especiais (Cope) e da delegacia de Colombo.
Embora tenha sido visto no velório e no local do crime, Daniel não foi localizado pela polícia. Ele ainda não se apresentou na delegacia para prestar esclarecimentos sobre sua relação com a vítima.
De acordo com a Sesp, a polícia também não tem informações sobre o paradeiro dos dois indivíduos que, em uma motocicleta, foram até o colégio onde Sílvia trabalhava, na Vila Prado, para praticar o crime.
Despedida
Familiares de Sílvia e de Daniel compareceram ao velório para prestar as últimas homenagens à vítima, porém, em clima de bastante apreensão, ninguém quis comentar o assassinato.
Os poucos que se dispuseram a conversar com a imprensa falaram apenas que Sílvia era uma ótima pessoa, conhecida por todos no bairro. Alguns também defenderam Daniel e não acreditam que ele esteja envolvido com o crime. O corpo da professora foi enterrado à tarde, no Cemitério Municipal de Almirante Tamandaré.
Sigilo
Daniel é funcionário público e trabalha na Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral, com sede no Palácio das Araucárias, Centro Cívico. Ele está lotado na Coordenação de Orçamento e Programação (COP).
Devido à repercussão do crime e da suspeita de participação de Daniel, os funcionários dessa secretaria estão proibidos de fornecer informações sobre o ex-marido da professora. Sabe-se, porém, que ele não voltou a trabalhar desde o final da manhã de quinta-feira, quando Sílvia foi morta.
