O ex-delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vinícius Michelotto, deve ser liberado da prisão à meia-noite deste sábado para domingo (15), segundo informações de seu advogado, Dr. Rodrigo Sanchez Rios. A liberação poderá acontecer após a Justiça negar o pedido de continuidade da prisão de Michelotto. Ele foi preso na última terça-feira (10), no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).
Segundo o advogado de Michelotto, o ex-delegado-geral será liberado, saindo diretamente do Cope “O prazo esgota-se hoje, meia noite. Até lá ele vai sair. Vamos apenas decidir o que será feito”, disse.
O ex-delegado-geral, além de outros policiais, são suspeitos de envolvimento com o jogo ilegal que ocorria numa casa do Parolin, que ficou conhecida como a “Mansão Cassino”. O local foi estourado em janeiro do ano passado. Foram encontrados indícios de prostituição e apreendidas 40 caça-níqueis, além de fotografias de políticos.
Procurado pela reportagem do Paraná Online, o advogado Rodrigo Sanchez Rios afirmou que seu cliente está à disposição do Gaeco para esclarecer todos os fatos. Michelotto inclusive já teria prestado depoimento sobre o caso da “Mansão Cassino”, do qual segundo seu defensor, não teria nenhuma ligação. Rios ainda afirma que não há provas diretas que liguem Michelotto aos outros presos e que o ex-delegado geral da polícia não teria como ter conhecimento de todas as investigações e irregularidades que acontecem no estado.
Outros presos
Também foram presos os investigadores Salvador e Mauro Canuto Souza Machado. Este último, havia sido condenado a 14 anos de prisão por atear fogo na sede da antiga Promotoria de Investigações Criminais (PIC), que atualmente se chama Gaeco, em 2000.
O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (Sidepol), Cláudio Marques Rolim e Silva, reclamou da operação feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.
“Acredito que Michelotto tem que ser liberado o mais rápido possível. O que aconteceu ele foi a inauguração de uma nova modalidade de prisão”, disse.
Já para o Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, o trabalho do grupo foi feito de forma impessoal e sem tentativa de “recados”.