Acusado de integrar uma quadrilha que extorquia comerciantes, o advogado e ex-delegado da Receita Estadual Pedro Carlos Antun, 53 anos, foi preso ontem por policiais do 11.º Distrito Policial (Cidade Industrial). Pedro era investigado desde março deste ano, quando os policiais prenderam em flagrante Edson Luiz Ferreira, Celso Gariba e Gilmar Ernani de Bona, sob a acusação de tentar extorquir o proprietário de um mercado, na Vila Nova, CIC.

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Os policiais recolheram vários documentos desde então. Na continuidade das investigações, foram decretadas as prisões temporárias de dois funcionários da Receita Estadual, suspeitos de fornecer os cadastros dos comerciantes para que os quadrilheiros pudessem efetuar as extorsões. Os dois ficaram recolhidos no xadrez durante dez dias, depois foram colocados em liberdade. Também foram decretadas, pelo Juiz da Central de inquéritos, a prisão preventiva do advogado e as prisões temporárias de Jorge Aquery Neto e Walter Torres de Abreu. Os dois últimos estão foragidos.

Prisão

Ontem, policiais do distrito cumpriram o mandado de prisão de Pedro e fizeram busca e apreensão na Editora Brasileira para Assuntos do Fisco (Ebrafisco). Acompanhados de auditores da Corregedoria Estadual e oficiais de Justiça da Vara de Inquéritos Policiais (VIP), os investigadores fizeram buscas em três locais: na Rua 25 de Agosto, 55, no Boqueirão; na Rua Valfrido Ferreira de Andrade, 404, Mercês; e na Rua Augusto Stelfeld, 999, centro. Vasta documentação foi recolhida nas dependências da empresa.

Inquéritos

Além do inquérito policial já instaurado no 11.º DP contra todos os acusados, os promotores do Núcleo de Proteção à Ordem Tributária pediram a instauração de um outro inquérito policial. "Já indiciamos outras pessoas. Entre elas vários contadores da Região Metropolitana e um auditor fiscal da Receita", adiantou o delegado Gerson Machado, titular do distrito. Ele disse que as investigações apontaram que os quadrilheiros agiam em Curitiba, nas cidades vizinhas e no litoral paranaense.

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