O ex-assessor da Casa Civil do Palácio do Planalto, André Eduardo Gaievski, preso na manhã de hoje, pela Polícia Civil, em Foz do Iguaçu, chegou a Curitiba por volta das 16h30 deste sábado. Ele foi denunciado por estupro a vulnerável e favorecimento de prostituição. Com mandado de prisão expedido desde o último dia 23, era considerado foragido da Justiça. No processo há 38 casos investigados.

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De acordo com o delegado Rafael Vianna, responsável pelo comando da equipe policial que efetuou a prisão, o ex-assessor ficará em Curitiba à disposição da Justiça. “Por enquanto ainda não sabemos para onde ele será transferido, mas aqui no 3º Distrito ele não vai ficar”, disse.

A transferência do ex-assessor foi feita de carro e, segundo o delegado que acompanhou o preso até a capital, ele não apresentou nenhuma resistência durante a prisão e afirmou que vai provar ser inocente. Vianna comentou que Gaievski foi transferido para Curitiba por motivos de segurança e que ele vai ficar em uma cela reservada por causa da suspeita de ter cometido estupro.

Ao ser questionado sobre a participação nos crimes, Gaievski, quando entrava no 3º Distrito, reforçou a afirmação de que “jamais” estuprou ninguém e que, em um momento oportuno, vai se explicar.

Defesa

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 Um dos advogados de defesa do ex-assessor, Rodrigo Biezus, afirmou que vai provar a inocência de seu cliente. “Nós já reunimos muitas contraprovas e podemos confirmar, com certeza, que todos os fatos apresentados no processo serão contraditados”, declarou.

Gaievski foi prefeito de Realeza, sudoeste do estado, entre 2005 e 2012. No começo deste ano, ele foi convidado pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para trabalhar como assessor especial. Após as acusações tornarem-se públicas, ele foi exonerado do cargo.

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As investigações feitas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) começaram há cerca de três anos e o processo corre em segredo de Justiça por envolver menores de idade.