Ex-agente da polícia civil condenado pela Justiça

O juiz Sérgio Moro, da 2.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, condenou o ex-policial civil Ricardo Abilhoa a oito anos e um mês de reclusão, em regime fechado; a oito meses de detenção, em regime semi-aberto, e ao pagamento de 163 salários mínimos pelos crimes de corrupção passiva, usurpação de função e lavagem de dinheiro. Dois irmãos de Abilhoa foram absolvidos da acusação de lavagem de dinheiro. 

A decisão foi tomada na tarde de quarta-feira e o advogado de Abilhoa, Cláudio Dalledone Júnior, ainda não decidiu se irá recorrer. ?Estou analisando. Se a condenação foi extravagante vou recorrer. Se foi justa, não?, disse Dalledone.

Abilhoa foi denunciado em agosto de 2006 por extorquir o traficante internacional, Lúcio Rueda Busto, conhecido como ?Mexicano?, em US$ 350 mil. Em abril deste ano, após ficar oito meses foragido, ele se entregou à polícia. Ao ser ouvido pelo juiz Sérgio Moro, no final do mesmo mês, Abilhoa confessou o crime. ?A condenação já era esperada porque o Ricardo confessou o crime, mas ele não é um delator, porque não advogo para delatores?, salientou Dalledone.

Provas

De acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal, ficou provado no decorrer da ação que Lúcio é ex-integrante do Cartel de Juarez – uma organização criminosa mexicana, e que foi detido irregularmente no dia 18 de junho de 2004, por agentes da Polícia Civil, entre eles Abilhoa. Como utilizava o nome falso de Ernesto Plascencia San Vicente, ele foi liberado poucas horas depois.

Também ficou comprovado no processo que Abilhoa sabia da identidade verdadeira de Lúcio e que por isso recebeu o pagamento, comprando pelo menos um imóvel e um automóvel. Além disso, colocou dados falsos em sua declaração de imposto de renda para simular que os recursos eram lícitos. Então, o juiz determinou a apreensão do imóvel.

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