Um rapaz de 24 anos suspeito de estuprar uma menina de 14 na saída de um colégio na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) no último dia 18 de março foi preso na tarde de ontem (30) por policiais do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).
Segundo a polícia, Mário Luiz Ribeiro de Sousa negou que teria mantido relações com a menina, mas ao fim do depoimento confessou o ato, dizendo que não a obrigou.
As investigações começaram depois que familiares da menina procuraram a Polícia Civil para denunciar o caso. Segundo a vítima, Mário a escolheu. “A menina conta que ele vivia rondando o colégio onde ela estudava, passou dias frequentando o local antes de praticar o crime”, disse a delegada Sabrina Alexandrino.
No dia do crime, ele abordou a jovem na saída do colégio e disse para ela o acompanhar. “Como ela se negou, ele ameaçou violentar a irmã menor da vítima, uma garota de cinco anos”, contou.
Com medo do que poderia acontecer com a irmã, a garota se rendeu e foi junto com o suspeito. “Ela contou que ele a levou para uma casa nas proximidades e a estuprou”. Após a denúncia ao Nucria, os policiais descobriram primeiro o local onde ficava a casa do local do crime.
“Soubemos que ele morava no porão alugado de uma casa próxima e depois que soube que estava sendo investigado, começou a ameaçar de morte a vítima e a família da garota”, disse a delegada. A menina chegou a mudar de endereço por medo do rapaz.
Depois que os policiais conseguiram o mandado de prisão, o rapaz fugiu. “Mas ele não imaginava que estaríamos na cola dele e foi preso quando encerrou uma ligação em um orelhão nas proximidades da casa onde morava, também na CIC”.
A campana para a prisão de Mário durou aproximadamente nove horas.
Em depoimento, o rapaz começou negando que tivesse abusado da menina. “Ele dizia que ela o incomodava e que ela teria armado isso para ele”.
Ao final do interrogatório, Mário resolveu soltar o que ele escondia. “Ele pediu para parar tudo e confessou que teve relações sexuais com a adolescente, mas segundo ele, foram com o consentimento dela”, disse Sabrina Alexandrino. A menina mantém a afirmação de que foi obrigada.
Provas
Segundo a delegada, a menina foi encaminhada ao IML e passou por vários exames. “Os testes provaram não só o abuso sexual, mas também comprovaram que ela era virgem”, explicou. Além disso, a polícia descobriu que o rapaz é suspeito de outros dois estupros.
“Descobrimos que ele é um homem que já foi preso antes, por violentar uma mulher de sua própria família que possui deficiência física. Ele também violentou uma jovem em Araucária”, contou a delegada. Os dois casos anteriores seguem sob segredo de Justiça e, por isso, o Nucria não conseguiu maiores informações.
