Estuprador morre na cadeia

O servente Ronaldo Adriano Perpétuo, 22 anos, foi encontrado morto às 5h30 de ontem dentro de sua cela na cadeia da 14.ª Subdivisão Policial de Guarapuava. Apelidado pela imprensa local de “Monstro da Privada”, Ronaldo era autor de um crime que chocou a região central do Estado: em agosto, na cidade de Pinhão, estuprou, estrangulou e atirou numa fossa a menina Josiane da Silva, 9 anos. Segundo a polícia, o preso cometeu suicídio.

O detento estava pendurado por um lençol amarrado ao pescoço. Ele dividia a cela com outros presos acusados de estupro, mas segundo o delegado Cândido Silva Neto, da DP de Pinhão, não há dúvidas de que Ronaldo suicidou-se. “Ele já havia falado que sua vida acabou e daria um fim definitivo nela. Tentou duas vezes se matar na cadeia, sem conseguir”, falou o policial.

Brutalidade

O crime cometido pelo servente ocorreu às 18h30 do dia 16 de agosto (uma sexta-feira), na residência da comerciante Teresa da Silva Nogueira, mãe da vítima, localizada no bairro São João, zona urbana de Pinhão. A mãe de Ronaldo, Zelinda, foi contratada para cuidar do casal de filhos de Teresa: Josiane, 9 anos, e Douglas, 3. O servente às vezes acompanhava a mãe e assim conheceu a garotinha.

Aproveitando a ausência de Zelinda e da comerciante, Ronaldo levou Josiane ao quintal e a estuprou. Como a menina começou a gritar, o servente apertou com força o pescoço da vítima, até ela passar a se debater, agonizante. Desesperado, o criminoso retirou o caixote da fossa, de dois metros de profundidade, e jogou a garota ainda viva no meio das fezes. Cobriu o corpo com capim e fugiu.

Prisão

À noite, a família da garota notou o desaparecimento e passou a madrugada em sua procura, mas só no dia seguinte Josiane foi encontrada morta dentro da privada.

A polícia desconfiou ao saber que, enquanto a menina era procurada, Ronaldo foi à vizinha cidade de Reserva do Iguaçu sob o pretexto de trabalhar num sítio, em pleno sábado. “Fomos até lá no domingo e em cinco minutos ele abriu o jogo”, contou o delegado.

Ronaldo ficou três dias na cadeia de Pinhão e foi transferido para Guarapuava por medida de segurança – a população da cidade ameaçou invadir a delegacia e linchá-lo. Em seu retorno a Pinhão, para ser interrogado em juízo, foi agredido e ameaçado de morte pelos outros presos.

A delegacia de Pinhão está localizando os parentes de Ronaldo para providenciarem a retirada do corpo que foi levado para o IML de Guarapuava.

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