Estudante que atropelou e matou curitibana é julgada

Oito anos depois de ter a filha morta num acidente de trânsito, o pai de Bruna Gaeski, o advogado Gilberto Gaeski poderá finalmente ver a justiça sendo feita. A motorista acusada de atropelar a adolescente curitibana Bruna Gaeski, 16 anos, começou a ser julgada hoje, às 9h de hoje, no fórum de Balneário Piçarras, litoral de Santa Catarina.

Ana Luiza Dobeck, que tinha 23 anos na época, será julgada pelos crimes de homicídio e lesões corporais de natureza grave. Além de Bruna, a condutora ainda atingiu outro curitibano que sobreviveu, apesar de ficar ferido gravemente. A defesa ainda tentou enquadrar o crime como homicídio culposo (sem intenção), mas os recursos foram negados pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

A justiça entendeu que a motorista assumiu o risco de matar e determinou que a jovem fosse a júri popular por homicídio com dolo eventual. “Depois de muito trabalho, grandes decepções com o Poder Judiciário e um longo tempo, esperamos que finalmente se faça justiça”, desabafa o pai da vítima que, em homenagem à filha, montou o Instituto Dias Melhores voltado à assistência a jurídica gratuita a vítimas de acidentes de trânsito e seus familiares.

“Espero que o julgamento tenha um caráter pedagógico, demonstrando que ninguém está livre de se sentar no banco dos réus para ser julgado por um crime de trânsito”, afirma Gaeski.

Bruna foi atropelada na manhã de 1 de janeiro de 2004 quando voltava de uma festa de réveillon com amigos e parentes. Ana Luiza, que é de São Bento do Sul (SC), dirigia embriagada e em alta velocidade um Escort e subiu na calçada, atingindo as vítimas.

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