Estudante ia levar droga para dentro da prisão

Ao tentar entrar na Prisão Provisória de Curitiba, no Ahu, com dez papelotes de cocaína e dois de crack, o estudante de Direito Carlos Emiliano, 24 anos, foi descoberto pelos seguranças no momento da revista e preso em flagrante por policiais militares do Regimento de Polícia Montada. Encaminhado ao 4.º Distrito Policial, foi interrogado pela delegada Sônia Baggio.

De acordo com o que foi apurado pela polícia, Carlos tem um conhecido recolhido no Ahu, por tráfico de drogas. Ele, que por ser estudante ainda não pode entrar na cadeia sozinho, foi até lá acompanhado pelo advogado Gustavo André Satori, levando uma sacola contendo 21 peças de roupas diversas para o conhecido. Ambos solicitaram permissão para ver o preso e entregar as roupas.

Droga

No momento em que as peças de vestuário estavam sendo revistadas, as funcionárias perceberam que o cós de uma das bermudas estava saliente e estranharam a situação. Quando abriram a costura, encontraram os papelotes da droga. Imediatamente comunicaram os seguranças, que por sua vez acionaram a polícia.

O rapaz fez de tudo para negar seu envolvimento no tráfico, mas não convenceu os policiais e foi conduzido ao 4.º DP. Os soldados Machado e Rosenau, acionados para efetuar a prisão, também revistaram o carro que estava sendo usado pelo estudante e encontraram um cigarro de maconha em seu interior.

Desculpas

A delegada Sonia Maria Baggio, titular do 4.º DP, não lavrou flagrante e disse que está instaurando inquérito policial para descobrir o grau de comprometimento dos detidos com a droga. “Eles disseram que são ‘laranjas’ e que não sabiam que havia drogas dentro da mochila com roupas”, informou a delegada. Segundo ela, as roupas foram passadas pelo irmão do detento para que Carlos entregasse a ele no presídio. “Eles alegam que foram fazer um favor para um amigo e acabaram caindo com a droga”, disse Baggio. A delegada revelou que as investigações vão continuar e se ficar comprovado o envolvimento dos detidos será solicitada a prisão preventiva deles. “Vamos ouvir várias pessoas, inclusive do presídio, e se ficar constatado que eles sabiam da droga, a lei vai ser cumprida”, afirmou a policial.

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