Um Passat branco é a única pista do assassinato de Hélber Fernando Chiste da Silva, 21 anos, estudante de Direito, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Curitiba. Baleado no peito e nas costas, o rapaz morreu na Rua Engenheiro Alberto Monteiro de Carvalho, atrás do estádio Pinheirão, às 20h55 de segunda-feira. Uma tentativa de assalto é a primeira suspeita da polícia.
Hélber caiu a alguns metros do Celta azul, placa AAY-7915, de Curitiba, registrado em seu nome. O carro parou em frente a uma casa, na contra-mão, indicando que a vítima freou abruptamente e tentou fugir dos criminosos. Até o local onde Hélber caiu, foram constatadas algumas marcas de sangue, denunciando o trajeto percorrido pelo estudante, já ferido.
Investigação
O sangue indicava que Hélber tentou refúgio em uma residência e, em seguida, atravessou a rua. “Não há sinais de que o estudante tenha sido baleado dentro do carro. Provavelmente, tentou correr e então levou os tiros”, comentou o investigador Laertes, da Delegacia de Homicídios, que atendeu o caso junto com o colega Vladimir. A ocorrência foi atendida, no local, também por policiais militares do Regimento de Polícia Montada, RPMont.
Os policiais conversaram com moradores da região e um deles disse ter visto o Passat branco deixando o local do crime, instantes depois dos disparos. A placa não foi repassada à polícia. Foram eles que chamaram o Siate, mas os socorristas nada puderam fazer para salvar a vida do estudante.
Roubo
O sumiço de alguns documentos da vítima sugeriu a possibilidade de latrocínio (roubo com morte), mas a polícia não descarta que o crime tenha outra razão que não o roubo.
Matadores podem ser os mesmos de jovem viciado
José Sérgio Rodrigues, 19 anos, engrossou a lista de jovens mortos por provável relação com o tráfico de drogas, no Cajuru. Viciado em crack, o lixador de móveis foi executado com 16 tiros, na Rua Professora Olga Balster, Moradias Cajuru, às 21h30 de segunda-feira. Apesar da gravidade dos ferimentos, ele ainda foi socorrido com vida, mas morreu no início da madrugada.
O jovem morava no mesmo bairro e foi criado pelo avô, o porteiro José Pedro Ribeiro, 64 anos, que confirmou o envolvimento do rapaz com as drogas. José Sérgio foi socorrido pelo próprio irmão ao Hospital Cajuru. Policiais da Delegacia de Homicídios conversaram com a família da vítima, mas ninguém revelou nomes de suspeitos ou forneceu alguma pista para ser seguida pela polícia.
Passat
Uma testemunha revelou à Polícia Militar que os assassinos seriam dois homens que fugiram num Passat branco. Pouco mais tarde, a PM deteve dois suspeitos, mas a participação de ambos ainda não foi comprovada. A DH vai investigar também se os autores do crime são os mesmos que, minutos antes, mataram o estudante de Direito Hélber Fernando Chiste da Silva, no Capão da Imbuia.