A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) “estourou” mais um desmanche de carros que funcionava em uma residência na Rua Plínio Marioni, bairro Uberaba. No local foram encontrados veículos furtados e diversas peças de carros que já haviam sido cortados. João da Silva Júnior, 33 anos, foi preso em flagrante e autuado por receptação e adulteração de sinal identificador de veículo. A prisão ocorreu no último dia 15, mas o caso foi apresentado à imprensa na tarde de ontem.
Durante diligências na região do Uberaba, policiais da DFRV encontraram, na garagem de uma residência, um Voyage prata, parcialmente desmontado; um machado; uma serra e um facão. Diante do achado, eles entraram na residência e João confessou que o carro “depenado” era furtado e que ele estava cortando-o para um homem que havia conhecido em uma loja. O Voyage placa ABG-2556 foi furtado às 20h do dia 12 de janeiro, na Rua Mato Grosso, bairro Água Verde.
No terreno da residência os policiais ainda encontraram várias peças de automóveis, cobertas por uma lona preta. Dentro da casa foram localizados o painel e estofamento de um Ford Fiesta que, conforme levantamento da polícia, foi roubado às 19h do dia 6 de janeiro, na Rua João Evangelista Espíndola, Jardim Social. Nessa ocasião, o proprietário do Fiesta foi rendido por um homem armado com um revólver 38, quando descia do carro, e obrigado a entregar o Fiesta e sua carteira com documentos e cartões de crédito. No desmanche ainda foi localizado o Fiat Pálio placa AGO-1449, que foi furtado no mesmo dia que o Fiesta.
Autopeças
Em seu interrogatório, João informou que havia desmanchado três veículos (todos Gol) para uma loja de autopeças situada na Avenida Salgado Filho, no Uberaba. “Ele ganhou R$ 400,00 por carro cortado”, explicou o delegado Hamilton da Paz, titular da DFRV.
A loja de autopeças que fez a encomenda ao detido já foi identificada e, através de mandado de busca e apreensão emitido pela Justiça, foi vistoriada pela DFRV. “Todo o estoque de peças está sendo periciado. Caso fique configurado o crime, (receptação de peças) os proprietários do estabelecimento podem ser autuados em flagrante ou indiciados em inquérito policial”, esclareceu o delegado.
Conforme os levantamentos da polícia, João trabalhava apenas cortando os veículos e não participava dos roubos e dos furtos. “Ele recebia os veículos de outras pessoas e os desmanchava”, explicou Hamilton. Este foi o segundo desmanche estourado pela DFRV este ano. Em 2003 foram fechados 35 destes locais. O delegado relembrou que existe um convênio entre a DFRV e a Prefeitura de Curitiba, para que as oficinas onde sejam detectados qualquer envolvimento com delitos tenham os seus alvarás de funcionamento cassados.