Aoperação-padrão, realizada pela Polícia Civil, "estourou", ontem à noite, duas bancas de jogo do bicho na capital. A primeira foi no Batel, na Rua Bispo Dom José, 2277, ao lado de uma farmácia de manipulação. No local estavam o banqueiro e mais 11 funcionários. A casa funcionava como uma empresa de entregas, e os funcionários registrados como motoboys. Foram apreendidos diversos blocos de aposta, maquinários para sorteio, dinheiro das apostas do dia, jogos antigos, computadores e laptops, máquinas de contar dinheiro, além de aproximadamente 10 motocicletas. A quantia do dinheiro apreendida ainda não havia sido apurada até o início da noite de ontem.
Os policiais informaram que, além daquelas motos, entre 30 e 50 outras motocicletas foram apreendidas em outro local, onde os motoboys se reuniram quando perceberam a movimentação policial. Um dos policiais contou que essa banca pode ser um dos braços de um "quartel-general" do jogo do bicho, que está sendo desativado no Juvevê, e que núcleos estariam se espalhando pela cidade.
No Pinheirinho, outra banca foi "estourada" na Rua Winston Churchil, 864, porém até o fechamento desta edição, os policiais da operação-padrão ainda não tinham somado o total de apreensões.
Investigações
A partir de denúncias, oito equipes policiais se mobilizaram para "bater" em locais onde ocorria o jogo do bicho. Duas tiveram êxito, encontrando as bancas no Batel e no Pinheirinho. Policiais perceberam que,
no Batel, mais de 50 pessoas transitavam por dia. Segundo o banqueiro, há 40 anos está no ramo de apostas e sabia que mexia com uma contravenção. "Porém nunca tive vergonha de ser banqueiro. Eu era lotérico, e agora estou aposentado. Eu entrei nesse ramo porque quis. Eu não estava matando nem mexendo com drogas. Aliás, ofereci emprego há muitos que estavam precisando", diz o bicheiro, que possui 31 funcionários.
O banqueiro, conhecido por Osni, foi levado para o 3.º Distrito Policial.
