Apesar de algumas delegacias e distritos policiais estarem superlotados e em precárias condições, o governo estadual diz que já investiu R$ 76 milhões na construção de presídios, desde 1995. Foram entregues ou estão sendo construídas ao todo onze novas unidades, que representam uma oferta de 4.166 novas vagas. Unidades antigas estão sendo reformadas ou ampliadas, como é o caso da Penitenciária Central do Estado e da Penitenciária Feminina, ambas em Piraquara.
A maior parte dos investimentos vem do Tesouro do Estado. O governo entrou com R$ 50 milhões em investimentos, enquanto que a União contribuiu com R$ 26 milhões. Antes de 1995, o Paraná contava com apenas 3,6 mil vagas prisionais.
“Nunca houve um investimento tão grande no Sistema Penitenciário paranaense”, avaliou o coordenador do Departamento Penitenciário, Divonsir Taborda Mafra.
A inovação no modelo dos presídios também se tornou referência nacional. O Paraná foi o primeiro a construir uma penitenciária industrial e com administração terceirizada. As penitenciárias industriais de Guarapuava e de Cascavel estabeleceram um novo conceito na recuperação e reintegração dos presos à sociedade. Além das penitenciárias industriais, o Paraná inovou na construção de quatro unidades penais de segurança máxima. A Casa de Custódia de Curitiba e as penitenciárias de Foz do Iguaçu, Piraquara e Ponta Grossa (em construção) são as mais modernas do País. Esses presídios são dotados de tecnologia americana, blocos pré-moldados de concreto e são totalmente informatizados.
Algumas cadeias e delegacias do Estado também foram melhoradas. Segundo o governo, nos últimos dois anos, foram ampliadas e reformadas oitenta delegacias. Nesse período, o governo construiu novas delegacias em Fazenda Rio Grande e em Loanda, no Noroeste do Estado. O investimento total, de R$ 3 milhões, foi dividido entre o Paraná e o Ministério da Justiça.
Polícia on-line
O governo também investiu em inovações. O projeto “Polícia on-line” permitirá que todos os boletins de ocorrência registrados nas delegacias do Estado sejam acessados em qualquer outra central de polícia do Paraná. “Isso facilita o trabalho da polícia, que pode identificar os crimes mais freqüentes, as áreas de maior risco e a atuação dos criminosos. Será possível realizar um trabalho mais direcionado e atuar na prevenção”, explicou a delegada Kátia Chemin Branco, chefe da Subdivisão de Processamento de Dados da Polícia Civil. O projeto já foi implantado em Curitiba, Paranaguá, São Mateus do Sul, União da Vitória, Foz do Iguaçu, Londrina e Ponta Grossa.