Somente por volta das 9h de ontem, o delegado da Divisão da Capital, Sebastião Ramos, compareceu à mansão, com o delegado do 2.º DP, Edson Barreto. Ramos explicou que a ação dos investigadores, apesar de legítima, não tinha sido coordenada por nenhuma delegacia e, por isso, nenhum delegado acompanhou a operação e nenhum caminhão da Polícia Civil foi acionado para transportar as máquinas.
Mesmo com a casa revirada pelos investigadores, o delegado divisional disse que encaminharia peritos à mansão para examiná-la. Os materiais apreendidos – máquinas, fotos e cadernetas com nomes, telefones e a movimentação financeira do cassino – serão periciados.
Legítimo
Apesar de os investigadores terem agido por conta própria e deixado de informar superiores, Ramos explicou que os policiais agiram de forma legítima. “A lei diz que, qualquer cidadão pode prender alguém que esteja cometendo um delito. No caso de policiais, isso é um dever”, explicou o delegado divisional.
Porém, a nota divulgada no site da Polícia Civil e da Secretaria da Segurança Pública diz que “policiais, em forma de milícia e encapuzados, agiram sem que estivessem respaldados da coordenação de um delegado de polícia”.
Também afirma que a “Polícia Civil reprova veementemente este tipo de ação” e que a ação “não representa a opinião dos cerca de quatro mil servidores que hoje compõem o quadro de policiais civis”.
“Por determinação do delegado-geral, Marcus Vinícius Michelotto, eventuais imagens produzidas por veículos de imprensa no local abordado durante a madrugada serão solicitadas e encaminhadas à Corregedoria Geral da Polícia Civil, que deverá analisar possíveis transgressões disciplinares dos policiais.”, diz a nota.
O comunicado também informa que denúncias de atividade ilícita para Polícia Civil devem ser feitas para os números 181 (narcodenúncia) e 197.
