Policiais Militares que atuam na Operação Viva o Verão, desmontaram um grande esquema de distribuição de droga no litoral, que iria abastecer usuários no carnaval. Duas apreensões, realizadas na segunda-feira (14), demonstram a intenção de estocar cocaína e crack. A última ocorreu durante a noite, em Pontal do Paraná, quando foram tirados de circulação 1,5 quilos de crack, o suficiente para fabricar, segundo a PM, 15 mil pedras da droga, de 0,1 grama cada. No fim da tarde, em ação conjunta com a Polícia Federal, foram apreendidos dois quilos de cocaína pura, em Pontal do Paraná e Paranaguá. Quatro pessoas foram detidas e dois carros, apreendidos.
De acordo com o tenente-coronel Mario José Thais Martins, que comanda as ações da Polícia Militar no litoral, durante a temporada, inibir o tráfico de drogas é uma das prioridades da Secretaria da Segurança Pública. Ele destacou que, enquanto de um lado a polícia trabalha para identificar e prender suspeitos desse tipo de crime, de outro, a população tem auxiliado.
?Nestas duas grandes apreensões, as maiores até o momento desde que iniciamos a temporada, assim como em outras apreensões menores que já fizemos, a comunidade participou diretamente, com denúncias pelo 181 Narcodenúncia?, destacou. ?Quebramos boa parte do esquema de tráfico que estava sendo articulado para o carnaval?, afirmou o comandante.
A apreensão do crack foi feita por equipes da Polícia Militar, numa abordagem no balneário de Canoas. Três pessoas acusadas de ligação com o esquema de distribuição de droga no município foram detidas. Um dos acusados, que é taxista em Morretes, tinha 1,5 quilo da droga no carro. Ele foi abordado junto com um casal, um rapaz de 22 anos e a namorada dele, de 21 anos. Esse jovem é, segundo a polícia, um dos principais controladores do tráfico em Pontal do Paraná. Na bolsa da garota foi encontrado dinheiro em notas miúdas, o que, segundo a polícia, é indício de participação no esquema.
O taxista, além da acusação de tráfico, teve a carteira de habilitação recolhida, uma vez que dirigia com o documento vencido desde abril de 2007. O advogado deles, Lucinei Antônio Lugli, que acompanhou parte dos trabalhos da polícia, informou que vai entrar com as medidas cabíveis para que eles retomem a liberdade.