A morte do italiano Claudio Lorenzetti, de 63 anos, que aconteceu em dezembro do ano passado no Boqueirão, está bem próxima de ser elucidada pela Delegacia de Homicídios (DH). Ary Bomfim Cordeiro Junior, 19 anos, enteado da vítima, já está preso desde 23 de março. Neste final de semana, a mãe de Ary e esposa do imigrante, Jucimara de Freitas, 41 anos, e o amante dela, Altair Taborda, 54 anos, foram presos.

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Segundo o delegado Fábio Amaro, os três teriam planejado matar o italiano. A polícia chegou até o casal de amantes depois que o rapaz foi preso. “Na primeira vez que ele (Ary) foi ouvido, negou que soubesse de alguma coisa. Mas como encontramos a aliança dele suja de sangue no local do crime, não teve como negar e aí, na segunda vez que foi ouvido, resolveu contar tudo”, disse o delegado.

O rapaz falou aos policiais que o amante da mãe teria matado o italiano. “Ele disse inclusive que acreditava na participação da própria mãe, já que a chave dela teria sido usada para entrar na casa”. Com base nas informações passadas por Ary, o delegado pediu a prisão temporária do casal, que foi concedida pela Justiça.

Confissão

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Ao ser presa, Jucimara negou envolvimento direto no homicídio, mas falou que soube de tudo que aconteceu na última sexta-feira. “Ela contou que Altair bebeu e acabou falando toda a verdade para ela. Ele disse que no dia do crime levou Ary e um adolescente até a casa do italiano e os dois jovens o mataram”, revelou Amaro. Depois de cometer o crime, os rapazes foram deixados em Quatro Barras, na casa do pai de Ary.

De acordo com o delegado, o amante confirmou a informação de Jucimara. “Ele disse ainda que não sabia que o rapaz mataria o italiano. Disse que os levou até a casa, mas não sabia o que tinha acontecido lá dentro”. Altair contou que no caminho até Quatro Barras o rapaz teria se desfeito de uma calça suja de sangue, mas não desconfiou do que poderia ser. O adolescente foi interrogado na DH e liberado, Ele declarou que não sabia do crime e que Altair estava inventando mentira.

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Acareação

Agora a polícia procura pela calça. Enquanto isso, o delegado explicou que deve colocar os suspeitos frente a frente para que seja estabelecido o que de fato aconteceu no dia do crime. “Já sabemos que a família inteira teve participação e por isso estão unidos na cadeia, mas agora precisamos saber qual foi o grau de envolvimento de cada um neste crime brutal”. “A partir do momento em que soubermos a culpabilidade de cada um, vamos pedir a conversão das prisões temporárias em preventivas”, disse Fábio Amaro, que levantou duas possibilidades para o assassinato. Uma é de que Ary foi expulso de casa pelo padrasto e resolveu se vingar.

A outra seria o ciúme doentio que Altair tinha de Jucimara e planejou a morte do rival amoroso.